Desemprego: dois dígitos sobre demasiadas pessoas
O Eurostat divulgou hoje (nota à imprensa, aqui) os números do desemprego na União Europeia. Os dados gerais revelam uma estabilização da taxa de desemprego da Zona Euro nos 9,8% e um crescimento para 9,3% para o conjunto da União.
No que diz respeito a Portugal, os números avançados pelo Eurostat representam a passagem da barreira dos dois dígitos: 10,1% em Setembro e 10,2% em Outubro. São os números mais elevados desde que há estatísticas disponíveis deste tipo (1983).
Estes números são pessoas. Demasiadas pessoas sem trabalho, num país em que o desemprego é o novo combustível para acelerar a imposição da precariedade (como já dissemos aqui, outras estatísticas demonstram que 7 em cada 8 novos “empregos” são precários). Demasiadas pessoas sem trabalho, num país em que cerca de metade dos desempregados nem tem acesso a qualquer apoio quando se vê despedido.
E não é preciso nenhuma bola de cristal para adivinhar que estes números são leituras “em baixa”. Infelizmente, há cada vez mais gente que nem entra nas estatísticas. Como dizíamos no MayDay Lisboa 2009, “somos muitos mais“.
Quantos milhares destes desempregados estarão na mesma a trabalharam com estágios ilegais de graça ou com ajudas de custo!
Pensem nisso, as empresas têm neste momento milhares de trabalhadores que estão para todos os efeitos desempregados…
Não é coincidência que o emprego assim não cresça apesar de haverem postos de trabalho a serem criados e usados!
Já para não falar que os falsos recibos verdes normalmente continuam inscritos no Centro de Emprego porque precisam à mesma de emprego que o que têm é um escravatura!
Menosketiago, tens uma nova forma de fazer contas ao desemprego… Certamente agrada ao Sócrates: “as empresas têm neste momento milhares de trabalhadores que estão para todos os efeitos desempregados…”
🙂
…confesso que nunca me tinha lembrado desta. 🙂
Menosketiago, tens uma nova forma de fazer contas ao desemprego… Certamente agrada ao Sócrates: “as empresas têm neste momento milhares de trabalhadores que estão para todos os efeitos desempregados…”
🙂
…confesso que nunca me tinha lembrado desta. 🙂
O que eu te estou a dizer é que não admira que o desemprego não desça se as empresas arranjaram uma forma generalizada de não contratar.
Só assims e justifica que com a economia em retoma o desemprego continue a subir 😉
*de não contratar e ter à mesma mão de obra, assim é que é…
O Sócrates provavelmente ficaria mais contente com menos desemprego, por muitos defeitos que o homem tenha ou queiram lhe pôem, acredito que como qualquer outro ser humano se sinta melhor com o bem dos outros que com o mal.
Acho que não menosketiago. Infelizmente, o Sócrates, e todos os que vivem, planeiam, e operacionalização a exploração de muitos a favor de alguns, sabem bem, que é o desemprego e a precariedade dos muitos que traz os dividendos aos poucos.
Por isso, duvido muito que ele fique feliz com o bem dos outros.
Por outro lado, concordo contigo se disseres que ele fica feliz com a baixa dos números do desemprego, mas isso não quer dizer que fique feliz sem o desemprego.
O desemprego e a precariedade é a medida que os torna felizes porque lhes dá lucro e força.
Espero ver-te na próxima reunião do PI. Que já agora, como é claro, é aberta. A toda a gente que quer construir opinião critica e força de luta contra quem nos rouba.
Proibidos de entrar estão patrões exploradores e outros que tal…
Sócrates, à noite, antes de se deitar:
Perdoe-me o código do trabalho e o namoro do Vieira da Silva com o Van Zeller. Eles não sabem o que fazem. Agora três avé-marias e pronto, vou para o céu, certo?
Não me precisas de dizer que é aberta Rui, quando me refiro a ser convidado é hora e local senão não adivinho 😉
Sobre andares a usar o meu nome noutros comentários, aconselho-te a que primeiro entendas aquilo que estou a dizer.
Vou simplificar, estar a falsos recibos verdes é o mesmo que estar desempregado. Assim já percebes?
Eu estive a falsos recibos todo o ano passado e como é óbvio mantive sempre a inscrição no Centro de Emprego.
O que eu quero dizer se não estereotiparem e catalogarem ideologicamente os meus comentários, como se está a tornar regra, é que há milhares de desempregados que trabalham precariamente nas empresas. Logo se as empresas já têm mão de sobra escrava à disposição não aumentam as contratações.
De novo de forma simples, não há falta de necessidade de mão de obra em Portugal o que há é uma politica de trabalhadores de vão de escadas, que segue impunemente devido à inacção da ACT, que tem de ser reformada.
Assim já deu para perceber?