Desemprego e precariedade, por esse país fora…

Notícia Diário do Alentejo Online, de 31/10/2008:


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A única razão pela qual o agravamento da crise financeira mundial não está a ter um impacto significativo no mercado de trabalho da região Alentejo é “porque a situação já estava mesmo muito má, desde há quatro ou cinco anos”, sentencia Casimiro Santos, coordenador da União de Sindicatos do Distrito de Beja (USDB). Desemprego – actualmente com uma taxa de 8,5 por cento, a mais alta do País – precariedade e salários baixos são as palavras-chave usadas para descrever este cenário que, no distrito, tem origem no encerramento de “dezenas de micro empresas”, na reestruturação de outras, de maior dimensão, e na cada vez maior fragilidade do vínculo de trabalho. O Call Center da PT é, no momento actual, a “situação mais escandalosa”, dada a concentração, debaixo do mesmo tecto, de cerca de 600 trabalhadores “na sua maioria jovens licenciados, sob a mais gritante precariedade”. Também muitas instituições particulares de solidariedade social (IPSS) estão a “substituir os trabalhadores efectivos por jovens a recibo verde” e, na mina de Aljustrel, onde “persiste a precarização e o recurso ilegal aos recibos verdes”, verifica-se agora que os postos de trabalho serão “muito reduzidos” face à “grande dinâmica” anunciada.

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