Desemprego: "Fim de formação" motiva inscrição de cada vez mais pessoas nos centros de emprego
O número de desempregados que se inscrevem nos centros de emprego por não conseguirem ingressar no mercado de trabalho após frequentarem programas de formação profissional mais do que duplicou todos os meses desde dezembro.
De acordo com os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de pessoas que declara como motivo de inscrição o “fim de formação” ao longo dos últimos três meses foi de 12.640, contra os 5.859 verificados em igual período do ano anterior.
O “fim de formação” é assim atualmente o terceiro motivo mais apresentado para a inscrição nos centros de emprego dos novos desempregados, depois do “fim do trabalho não permanente” e “despedido”.
Fonte: Sapo
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Os desempregados inscritos no I.E.F.P. quando entram num curso de formação profissional (nem sempre adequado às habilitações académicas, nem à formação ou experiências profissionais dos cidadãos em idade activa para trabalhar) mudam de estatuto passam a formandos. Fazem formações de três meses só por fazer (será só para ficarem ocupados?).
Realmente no fim da formação mudam novamente de estatuto passam a desempregados em fim de formação.
Se o IEFP tem cursos de formação profissional graças aos fundos comunitários, pergunto: – porque razão não investe o instituto, por exemplo, nos formandos que já fizeram formação de nível III (formação dada durante 1 ano +- 1900 horas) dando possibilidades aos cidadãos a uma formação contínua ao longo da vida e dentro da sua área profissional, e seguirem depois para formação de nível IV (especialização) e de nível V (equivalente a uma licenciatura).
Já que os cidadãos em geral perderam o direito a ascensão profissional (simplesmente porque lhes tiraram a possibilidade de carreira, devido às várias modalidades de precariedade laboral e de constante desemprego involuntário) O IEFP deveria de atribuir créditos aos processos individuais de cada cidadão, isto é, “X” créditos pelas formações profissionais; “Y” créditos pelas experiências profissionais; “Z” créditos pelas actividades ocupacionais; “K” créditos pelo trabalho a recibo verde e por conta de outrém; “B” créditos pelos estágios não complementares a formação profissional…
Depois, de acordo com esses créditos as entrevistas seriam marcadas, etc. e as pessoas passavam a ter a categoria profissional adequada ao seu perfil.
Será isto possível quando o próprio instituto na sua plataforma (que pertence ao governo) nem mostra o nome das empresas que oferecem postos de trabalho cujo salário, na maior parte das vezes, é uma vergonha?