Desemprego jovem sobe e Natal não ajuda a sair do buraco
A taxa de desemprego de dezembro de 2014 ficou nos 13,4%, menos 0,1% que em novembro. Nem o Natal foi capaz de dar alguma dinâmica ao emprego, permitindo baixar a taxa de desemprego efetivamente.
O desemprego jovem, no entanto, está ainda mais dramático, tendo atingido os 34,5% oficiais no mês passado. Desde meados de 2012, quando atingiu o auge de 35,4%, que o desemprego jovem não piorava desta maneira. Quase um em cada três jovens estão oficialmente desempregados, apesar de milhares de pessoas terem imigrado nos últimos anos.
Os ministros do Emprego e da Economia vieram logo embandeirar em arco com o anúncio das taxas de desemprego. Pires de Lima disse que “estamos a assistir a sinais consistentes de recuperação” e Mota Soares acrescentou que “descida do desemprego deve dar otimismo aos portugueses”. Infelizmente, não há nenhuns sinais que permitam “optimismo” nos “sinais de recuperação”.
Se a taxa de desemprego não desce nos meses de maior atividade económica do Natal, então sabemos que vai ficar pior em janeiro e fevereiro.
Na União Europeia o fantasma da deflação está cada vez pior, com o FMI a dizer que a bazuca de Draghi não chega e com a OIT a confessar que o plano Juncker é insuficiente para atacar o desemprego. Em Angola, a queda do valor do petróleo está a fechar a torneira do maná. E Berlim, apesar da vitória do novo governo grego anti austeridade, continua a dizer que a austeridade é para manter.
Com a manutenção da austeridade não é possível achar que as condições do emprego vão mudar, isto apesar do governo continuar a usar truques para baixar artificialmente os dados estatísticos do desemprego.
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