Desemprego sobe para novo máximo histórico: 10,8%

No dia 18 de Maio anunciámos aqui o máximo histórico de 10,6% de desemprego. No mais recente boletim do Eurostat para o desemprego, que pode ser consultado aqui, damos conta do crescimento deste número em Portugal. Atingimos um máximo histórico desde que há registos, como os do Banco de Portugal desde 1953. O número é agora 10,8%. Isto representa cerca de 605 mil pessoas e significa também que o desemprego aumentou mais rapidamente em Portugal do que na zona Euro.


Numa notícia do Diário de Notícias conseguimos ver o aumento deste número mês a mês:

Portugal – evolução da taxa de desemprego nos últimos meses:

Abril 2009: 9,2
Maio 2009: 9,4
Junho 2009: 9,7
Julho 2009: 10,1
Agosto 2009: 10,2
Setembro 2009: 10,2
Outubro 2009: 10,2
Novembro 2009: 10,1
Dezembro 2009: 10,2
Janeiro 2010: 10,4
Fevereiro 2010: 10,4
Março 2010: 10,6
Abril 2010: 10,8

Portugal – evolução do número de desempregados nos últimos meses:

Maio 2009: 519
Junho 2009: 535
Julho 2009: 551
Agosto 2009: 559
Setembro 2009: 558
Outubro 2009: 557
Novembro 2009: 557
Dezembro 2009: 560
Janeiro 2010: 571
Fevereiro 2010: 572
Março 2010: 584
Abril 2010: 595

Esta subida ocorre numa sucessão de três trimestres de crescimento modesto da economia, o que deveria sugerir um aumento de rendimento disponível e possível descida do desemprego. Além disso o desemprego continua a afectar mais as mulheres que os homens: passou de 11,6 para 11,9 nas trabalhadoras, enquanto que nos homens passou de 9,7 para 9,9%.
Como se pode ver os números não param de subir, cada décima significa milhares de vidas atiradas para uma situação de extrema precariedade, onde o rendimento deixa muitas vezes de existir para sustentar a casa, a alimentação, e nalguns casos a saúde e a educação. Isto ao mesmo tempo que o pacto Governo/PSD anuncia cortes no subsídio de desemprego, e o compincha sugere medidas de trabalho “grátis” para “ocupar” os desempregados.
Esta crise não foi decerto provocada por se estarem a pagar demasiados subsídios de desemprego, que não são uma regalia, mas um direito, visto saírem dos descontos dos trabalhadores e trabalhadoras! Numa situação de subida do desemprego temos de ser mais solidários, e em vez de impedir o acesso ao subsídio temos de o permitir, para que as consequências sociais não sejam mais graves do que já estão. É o mínimo que podemos exigir, quem causou a crise que a pague!
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