Director do FMI diz: "emprego, emprego, emprego"
Dominique Strauss-Kahn, director-geral do fundo monetário internacional, fez um discurso em Washington sobre A crise do emprego mundial: Sustentar a recuperação através do emprego e de um crescimento igualitário. Na sua intervenção apelou aos lideres mundiais que se juntem numa “resposta comum forte para assegurar que temos a recuperação económica que necessitamos”, ou seja, uma retoma que crie emprego e igualdade.
“O desemprego está em níveis recorde. A crise deixou 30 milhões de pessoas desempregadas e cerca de 200 milhões estão à procura de emprego em todo o mundo”, disse, enfatizando que o desemprego se está a tornar “sentença de morte, provavelmente para toda uma geração perdida”.
Mas, dizendo isto, voltou a apresentar a economia de mercado como solução para a crise financeira, económica e social. A mesma solução que nos trouxe, precisamente, a esta crise.
E em entrevista à TVI foi peremptório: Portugal vai sofrer “cortes dolorosos por muito tempo”. Defendendo que o FMI preferiu a via orçamental, que considerou um processo mais longo, mas mais realista e sem “velocidade máxima”.
Estas duas intervenções de Strauss-Kahn podem até acalmar os mais desatentos, pois, tendo em conta as suas palavras, o FMI está preocupado com o emprego e vai fazer bem feito. Mas o que fizeram na Grécia ou na Irlanda, cujo rating voltou hoje a baixar para quase-lixo, mostra-nos bem o que vai acontecer a Portugal se os deixarmos prosseguir esta via.
Já agora, o Director-Geral do FMI tem pretensões a ser o próximo candidato Presidencial do PS Francês. Talvez por isso comece a falar de emprego.
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