"É difícil, é difícil, conseguir estar empregado… mais difícil, mais difícil, é ter um bom ordenado…"
A afirmação de Henrique Neto que justifica o título de notícia é em jeito de tese: “Hoje ser empresário em Portugal é uma profissão de elevado risco”.
Esta afirmação, vinda do patrão de uma das empresas alvo de buscas na Operação Furacão, é compreensível de uma outra forma. A sua empresa é investigada por fraude com recurso a operações em “offshores” e fuga ao fisco.
O governo, em conjunto com os patrões bem tem tentado impor esta nova máxima, mas cada vez será mais difícil convencer a multidão que vive do seu próprio trabalho. Para esses sim, é cada vez mais arriscado e difícil viver, sobreviver, dia a dia convivendo e sujeitando-se à regulação laboral pelos que se esgueiram impunemente por todas as portas e janelas que os governos têm aberto à exploração social e daquilo que é de todos.
Para a maioria, as opções sobre a própria vida são um conjunto vazio, e o fio condutor da existência social é a tentativa de sobreviver e ganhar independência antes que se acabem as frágeis redes de suporte solidário… fica aqui uma mensagem, pelos Censurados