Ecos da solidariedade com os trabalhadores ilegalmente despedidos em Serralves

Não foi em vão que as vozes de mais de 50 personalidades demonstraram a sua solidariedade com os trabalhadores ilegalmente despedidos pela Fundação de Serralves. Relembramos que, na passada 2ª feira, o primeiro dia sem trabalho para os trabalhadores afectados, mais de meia centena de figuras das áreas das artes e da cultura em geral, mas também sindicalistas, investigadores ou jornalistas, juntaram-se para se pronunciarem publicamente, através de carta aberta, sobre o despedimento ilegal dos 18 recepcionistas de Serralves, exigindo ao Conselho de Administração que regularize esta situação e reconheça os contratos de trabalho devidos.
Estas vozes, que responderam ao apelo do FERVE e dos Precários Inflexíveis, estão a ter eco. O jornal i noticiou a carta aberta (aqui). Também o portal Jornalismo Porto Net deu conta da iniciativa solidária com os trabalhadores, numa reportagem (com audio, aqui) em que os Precários Inflexíveis deixam clara a posição dos movimentos e das pessoas que se mobilizaram nesta carta aberta, exigindo que Serralves reveja a sua decisão ilegal e reclamando pela actuação em tempo da Autoridade para as Condições do Trabalho.
Serralves está, de facto, confrontada com a decisão que tem que tomar: manter a sua decisão, despedindo ilegalmente estes trabalhadores e deixando-os sem qualquer protecção, depois de vários anos a falsos recibos verdes; ou, como se espera, reconhecer a relação de trabalho e o respectivo contrato, respeitando os direitos destas pessoas. Manteremos toda a nossa energia e determinação nesta exigência. Além de tudo o resto, a Fundação de Serralves e a Autoridade para as Condições do Trabalho não podem fingir que não está a acontecer nada e que o país não espera uma resposta. Cá estaremos para a exigir.
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