Educação à custa de precariedade

Foram ontem divulgadas as listas de colocados nos concursos nacionais de contratação de professores. Dos mais de 50 mil candidatos iniciais, não foram colocados 39.245, o que soma cerca de 18 mil colocações. De acordo com os sindicatos 10.500 destes professores colocados estão apenas a renovar o seu contrato (precário) com a escola em que leccionaram no ano anterior, e não estão no quadro. Esta é uma prova de que as reais necessidades das escolas estão a ser sub-avaliadas e é necessário que estes professores entrem no quadro e termine esta situação de precariedade inadmissível. O número divulgado pelo dirigente da FENPROF é alarmante, uma vez que nos últimos 4 anos se aposentaram 14.159 professores e apenas ingressaram nos quadros 359. Esta é a principal exigência dos sindicatos: que se abra um novo concurso em 2011 para ingresso dos professores nos quadros, correspondentes às reais necessidades do sistema educativo, com direito à estabilidade de um contrato sem termo e à progressão na carreira. Ao que o Ministério das Finanças responde que dificilmente será feito.
Sabemos a capacidade de mobilização que os professores têm, e também conhecemos outras realidades que se passam dentro das escolas, como as AECs. É necessário reforçar os laços de solidariedade para empreender uma forte luta contra a precariedade, que é a única proposta do Governo.
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