Em 4 anos duplicou o número de pessoas com o salário mínimo

A chamada da notícia do Correio da Manhã é clara e diz tudo: “crise é sinónimo de baixos salários em Portugal”. De facto, em 4 anos o número de pessoas a receber o salário mínimo em Portugal quadruplicou e hoje são mais de 605 mil, ou seja 10,9% da população ativa.

Tendo em conta os descontos para a Segurança Social, estas pessoas acabam por levar para casa apenas cerca de 431,65€ por mês, ou seja, abaixo do limiar da pobreza. Assim, o trabalho a tempo completo com o salário mínimo não salva hoje os trabalhadores e as trabalhadoras da pobreza.

Lembramos ainda que ficou pelo caminho o acordo da concertação social para o aumento do salário mínimo para 500€ em 2011.

No últimos tempos temos ouvido vários responsáveis políticos, como António Borges (o “secretário de Estado” das privatizações), defender a necessidade de baixar os salários e de acordo com as últimas estimativas, quem trabalha em Portugal perderá em média 12% do seu salário até 2013. Esta política de baixos salários está também patente no programa-milagre do Governo para o desemprego jovem, o “Impulso Jovem”, que consiste em estágios profissionais precários para jovens que pagam a doutorados/as 631€/mês.

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