Espanha: Greve na Educação encerra com grandes manifestações
No final de uma greve de um dia no sector da educação, milhares de pessoas saíram para as ruas nas principais cidades espanholas. Esta greve foi convocada em protesto contra as medidas de austeridade anunciadas pelo Ministro da Educação José Ignacio Wert: cortes no Ensino Público, num total de 10 mil milhões de euros até 2015, aumento do número de alunos por turma, das propinas e da carga horária dos professores.
As manifestações estão a superar as expectativas dos sindicatos com mais de 200 mil alunos, pais e professores na Andalusia, 100 mil em Madrid, 60 mil em Valência. A adesão à greve também está a ser enorme, com escolas praticamente vazias, e uma adesão média de 70% por parte dos professores do ensino universitário (90%), secundário, primário e pré-escolar. O Ministro da Educação já veio agradecer a responsabilidade dos docentes que não fizeram greve, num nítido ataque ao direito de greve deste sector.
Várias estradas e avenidas estão a ser cortadas pelos estudantes, solidários com esta greve. Em Barcelona, várias dezenas de alunos da Universidade Autónoma cortaram uma estrada de acesso ao campus. Em Madrid alunos da Universidade Complutense cortaram uma avenida principal da cidade. Em Valência um grupo de alunos bloqueou os acessos à Universidade Politécnica. Em Sevilha verificaram-se provocações por parte de um pequeno grupo de extrema-direita, que foi expulsa com o repúdio dos milhares de manifestantes que os cercavam. Em Baleares e Valência, houve várias tentativas de ocupação dos edifícios do Ministério da Educação.
Se o Governo de Mariano Raroy não voltar atrás nos cortes previstos, estão prometidos novos protestos em Junho e em Setembro, num conflito que se adivinha prolongado.
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Está provado e comprovado que as manifestações, os cartazes, as palavras de ordem, as canções de protesto e o sacrifício das cargas policiais é zero.
Fernando Madrinha – Jornal Expresso de 1/9/2007:
[…] «Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. […] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.»
Estando fartos de saber que os partidos políticos “do arco do poder” agem a soldo de uma Máfia Financeira que domina também o Poder Legislativo, o Poder Judicial e o Poder Mediático, que pode um povo fazer?
E que tal se um número crescente de grupos de cidadãos contratasse “indivíduos sem escrúpulos” para forçar banqueiros usurários, políticos corruptos, legisladores subornados, juízes a soldo e comentadores venais, a entregar a alma ao Criador?
Eliminando ventosa após ventosa, os braços do grande polvo mafioso-financeiro tornar-se-iam inúteis. Esmagar-lhe a cabeça seria uma questão de tempo.
Errata:
Está provado e comprovado que a eficácia das manifestações, dos cartazes, das palavras de ordem, das canções de protesto e do sacrifício das cargas policiais é nulo.