Estágios IEFP sem férias nem subsídio de desemprego: novas regras arrancam hoje
O Governo alterou recentemente as regras que enquadram os estágios apoiados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). A partir de hoje é possível voltar a fazer candidaturas a estágios, que estavam suspensas desde o início de Junho por decisão do Governo. Como assinalámos na altura e agora se confirma, as novas regras diminuem o tempo dos programas de estágio, impedindo os estagiários de acederem ao subsídio de desemprego e ao chamado “período de dispensa” de 22 dias úteis.
Esta alteração não significa uma mudança na orientação dos recursos e da política pública dirigida ao emprego. Embora o tempo dos estágios diminua, o seu número não pára de aumentar. Os vestígios de uma política para o emprego são, na realidade, ofertas às empresas para recorrerem a trabalho precário e sem direitos. Os estágios banalizaram-se como nunca ao longo dos últimos anos, tornando-se mesmo uma estratégia permanente de contratação em algumas áreas e empresas.
O facto de os estágios passarem a ter 9 meses, salvo as excepções muito circunscritas em que podem continuar a ser de 12 meses, é simplesmente um truque para diminuir os gastos com o apoio social no desemprego destas pessoas. É tão revelador da orientação deste Governo e de Mota Soares em particular, quanto uma confissão dos resultados da sua política: é que o destino destes estágios é quase sempre o desemprego.
Ver também:
Anúncio IEFP
Portaria 149-B/2014, de 24 de Julho (altera as regras dos estágios)
Optima forma de escravidao por forma a beneficiar que 10 familias em Portugal detenham cerca de 8.5% do PIB. Gostaria ter ideia da % do PIB que e detido directo e indirectamente pelo sistema corupto politico tolerado em Portugal ……… ate quando mais ???????
George (Reino Unido)
Mais um verdadeiro banana, não admite que o essencial é passar uma imagem de que tudo está a ser bem gerido, quando a verdadeira razão é obter fundos da UE e metade encher os bolsos dos grandes artistas de Portugal.
Será sempre a mesma história até que a violência de quem desespera e não tem mais por onde sobreviver se torne mais visível, acaba por ser este gozo com quem andou a estudar e a dar dinheiro ao estado para assim acabar numa empresa com rotulo de trabalho precário e sem perspetivas.
Andam uns a lixar os outros! escumalha….
Infelizmente iniciei estágio quando ainda eram de 12 meses. Apesar de gostar do que faço assumo as minhas responsabilidades e outras que em muito me ultrapassam, tudo isto para no final do mês ter vergonha do que recebo. Todos os meus colegas de faculdade que conseguiram emprego fora da área recebem mais que eu. No entanto, o mais triste não é o valor em si, é o facto de trabalhar na área pela qual estudei uma vida inteira e pensar que se tivesse necessidade de pagar renda de casa o dinheiro não chegaria para comer.
Hoje considero que estudar não vale a pena, obrigado a todos os que contribuíram para isso com estas medidas da treta.
Estou cada vez mais angostiada e com um grande sentimento de revolta.
Mas, afinal o que se passa aqui? Que raio de complô é este, em que nada mais teremos a fazer, a não ser aceitar estes estagios, para conseguir trabalho, e ao fim de doze meses, nem direito aferias nos dão? Eu estou incredula, como somos capazes e até onde vamos aguentar esta falta de carater dos nossos governantes. Tratam-nos como lixo e animais. Não é necessário descansar para termos capacidade de realizar o nosso trabalho com eficiencia e responsabilidade? O que nos faltará para que a nossa mão de obra ser igual à da China, obrigarem as nossas crianças a trabalhar de borla como escravas. Onde vamos parar? Até me apetece chorar de revolta. São uns assassinos da alma e do corpo. Carrascos do Povo.