Estágios não remunerados: Lisboa Ocidental responde ao FERVE

A Empresa Municipal Lisboa Ocidental, SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana respondeu (ver aqui), através do seu Director Financeiro Manuel Rodrigues, ao recente post que o FERVE publicou no seu blog (e que nós também divulgámos), a propósito de uma “oferta” de um estágio profissional não remunerado “disponibilizada” por aquela entidade.

Nesta resposta, ficamos a saber que, afinal, “a Empresa entendeu dever facultar a três recém-licenciados (dois arquitectos e um engenheiro) a realização de estágios profissionais exigidos pelas respectivas ordens profissionais” – ou seja, esta Empresa Municipal não hesita em poupar nos seus custos, aproveitando os abusos “curriculares” das todas-poderosas Ordens. O trabalho gratuito é uma espécie de imposto que quem termina o seu curso tem que pagar, para fazer parte do clube.

Além destas e outras justificações previsíveis e das promessas de “luxos” como o pagamento de subsídio de alimentação ou “poderá existir a possibilidade dos estagiários virem a colaborar com a Lisboa Ocidental, naturalmente com enquadramento contratual”, destacamos o seguinte parágrafo:

Uma vez que a CML não remunera os seus estagiários e por uma questão de justiça e igualdade, a Empresa seguiu a mesma orientação, tendo, no entanto, decidido atribuir, a cada estagiário, um subsídio de alimentação diário“.

Mais um inacreditável episódio de abuso e descaramento no país das impunidades! Ainda por cima, numa altura em que o Governo faz campanha das bondades e “combate à precariedade” da revisão do Código de Trabalho com o fim dos estágios não remunerados!

Há por aí gente a “estagiar” à borla (na CML ou noutro sítio qualquer) que queira contar a sua história?

Facebooktwitterredditlinkedintumblrmailby feather