Este sábado, dia 8 de Março | MEU CORPO, MINHA FESTA
No próximo sábado, dia 8 de Março, a REDE 8 DE MARÇO, organização que integra o PI e muitos outros movimentos sociais, promove uma festa feminista para celebrar o Dia Internacional dos Direitos das Mulheres – MEU CORPO, MINHA FESTA. Entre as 16h e as 2h, na Casa Independente, em Lisboa, com entrada livre. Ver evento no Facebook.
8 DE MARÇO | DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS DAS MULHERES
Em 2010, comemoraram-se os 100 anos que passaram desde que Clara Zetkin propôs a celebração anual de um Dia Internacional da Mulher, aquando da II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas. A origem certa deste dia é causa disputada, contudo, é certo que as lutas das mulheres operárias que marcaram o final do séc. XIX e o início do séc. XX constituem a sua inspiração. Conta-se que a 3 de Maio de 1908, em Chicago, celebrou-se o primeiro «Woman’s day» [Dia da Mulher] em prol de reivindicações por igualdade económica e política. Mas a data de 8 de Março viria a perdurar a partir do dia 8 de Março de 1917 (23 de Fevereiro no calendário russo), quando mulheres operárias desencadearam uma greve geral saindo corajosamente às ruas de Petrogrado, num protesto contra a fome, a guerra e o czarismo, dando origem à Revolução de Fevereiro. A partir de 1922, o Dia Internacional da Mulher é celebrado oficialmente no dia 8 de Março e, em 1975, este dia é reconhecido pela ONU. Também neste ano, no encalço da Revolução de Abril, as mulheres portuguesas puderam festejar este dia pela primeira vez. Entre as lutas do passado e as lutas de hoje, celebramos o dia 8 de Março como o DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS DAS MULHERES. Para garantir a memória e construir o futuro – o presente reclama-nos luta feminista.
8 DE MARÇO | MEU CORPO, MINHA FESTA
Neste 8 de Março, festejamos o CORPO e convocamos o mundo que queremos transformar olhando para nós mesmas, encarando essa matéria de que somos feitas e através da qual somos vida e morte e tocamos o chão. Aliando a arte à reflexão feminista, queremos afirmar esse corpo que é morada de uma identidade mas não uma prisão, que é expressão de movimento e não de opressão, que é lugar de prazer e não de violência, que é experiência de liberdade e não de negação, que é euforia, riso, sangue e lágrimas e não uma ilusão, que é soberano e não submisso, que evolui no tempo, que é aquilo que eu quero e não imposição. Aqui ao lado, no Estado Espanhol, é este corpo que está em causa quando há uma lei que vem para negar o direito ao aborto. Contra a Lei Gallardón reafirmamos solidariamente: as mulheres são proprietárias de si mesmas, o seu corpo não pertence ao Estado nem a qualquer moral. Porque as lutas do passado são também as lutas do presente e ainda há tanto por transgredir: nesta festa, o corpo é insubmissão.
PROGRAMA
16h | A mulher orgásmica: Hands on workshop
Para mulheres, com Iris Lican*
18h | Poesia erótica: As Palavras do Corpo de Maria Teresa Horta, com Catarina Guerreiro
| Vídeo-instalação: Moving On de Salomé Coelho
22h | Este corpo é meu, obrigada!
Humor feminista, com Marisa Medeiros
22h30 | Marias Insubmissas – Performance destereotipada
23h | Dj Mãe Dela
by