Estudantes pela Greve Geral concentração 12h cantina velha Lisboa | minuto-a-minuto
1. Pelo direito a estudar. O governo faz cortes brutais na acção social, atirando para fora do ensino superior muitos dos estudantes com dificuldades financeiras. Só no ano passado, cerca de 40 000 estudantes viram o pedido de bolsa ser indeferido. Ao mesmo tempo, Portugal é o país com a terceira propina mais alta da Europa;
2. Pelo direito à mobilidade. Para além de cortar na acção social, o governo corta o passe sub-23 e o passe 4_18 aos estudantes. Só os estudantes com rendimentos familiares iguais ou inferiores a 545 euros têm direito ao chamado “Passe Social”, em muitos casos com um desconto de apenas 25%. Contas feitas, ficamos todos a perder.
3. Pelo direito ao ensino e investigação científica pública. O Orçamento do Estado para 2013 prevê um corte de 57 milhões de euros no financiamento da Ciência e Ensino Superior. Isto significa uma redução superior a 20 milhões no financiamento da investigação científica. O orçamento das instituições de ensino terá um corte de 12%, o que põe em causa a sua qualidade e até mesmo o seu funcionamento.
4. Pelo direito a uma educação democrática. Não nos podemos ficar por questões económicas, é inacreditável o que a própria crise está a fazer à já rara pedagogia nas salas de aula: o cair no facilitismo da autoridade do professor, a mercantilização total do conhecimento e do processo educativo. Somos mais que mão-de-obra intelectual barata. A nossa educação tem de ter um propósito maior do que reger-se por uma perspectiva produtivista para alimentar os mercados e as empresas. De tecnocratas sem capacidade de pensamento crítico estamos fartos.
5. Pelo direito ao emprego. Aos estudantes que conseguem terminar os seus estudos, o governo apresenta três alternativas: a precariedade, o desemprego ou a emigração. Sabemos hoje que 9 em cada 10 novos empregos são precários (e que mais de 40% dos novos desempregados trabalhavam com contratos a prazo). Ao mesmo tempo, 69% dos estudantes universitários pretendem emigrar;
Pelo direito a ter direitos. No próximo dia 14 de Novembro, estaremos todos juntos contra a destruição do ensino e das nossas vidas. Juntamo-nos aos trabalhadores, que sofrem com as medidas de austeridade. Juntamo-nos aos desempregados, que vêem o seu subsídio ser permanentemente cortado. Juntamo-nos aos nossos colegas que foram obrigados a deixar de estudar por não ter dinheiro para pagar as propinas. Juntamo-nos a todas as vítimas desta crise.
Rejeitamos este Orçamento de Estado para 2013 pela mesma razão que rejeitamos o “resgate” da troika: porque o nossos direitos valem mais do que os lucros dos mercados. Reivindicamos o direito a ser feliz em Portugal. Se o governo fecha para alguns, nós fechamos por todos. No dia 14 de Novembro, não vamos às aulas.
Estudantes pela Greve Geral
https://www.facebook.com/Estudantespelagrevegeral »