Estudo diz que mudanças na TSU vão destruir mais 68 mil empregos

Foto: dinheiro vivo

Um estudo elaborado por economistas da Universidade do Minho revela que as alterações na taxa social única apresentadas pelo Primeiro-ministro são prejudiciais ao emprego. O aumento de 7 pontos percentuais (ou 64%) das contribuições dos trabalhadores tem impactos claramente negativos e a descida de 5,75 pontos percentuais do pagamento dos patrões é “ambíguo” (Vê estudo aqui).

Com um intervalo de confiança de 95% os investigadores afirmam que o nível de emprego diminui, na melhor das hipóteses em 33 mil empregos, mas os resultados sugerem perdas na ordem dos 68 mil empregos e ganhos na ordem de apenas mil. Ou seja, o impacto sobre a criação de emprego é praticamente nulo”.

Mas o Governo, quando apresentou a medida, disse que era para favorecer o emprego em 1% até 2014 e a previsão seria da criação de 50 mil postos de trabalho em 2013 e 2014. Hoje é claro que ninguém acredita nesta ideia do Governo.

No domingo Paulo Portas veio dizer que fora contra a medida, mas ontem soube-se que Pedro Mota Soares defendeu a medida no Conselho de Ministros e dentro das reuniões do CDS e veio a lume que o CDS já o havia proposto no seu programa de Governo.

Seja como for é claro que esta é uma medida errada, cega e punitiva: destroi o emprego, retira um salário a todas as pessoas que trabalham, oferece esse salário aos maiores empregadores, destroi o consumo interno e leva à recessão e é iniqua penalizando mais os pobres que os ricos.

Mas pouco importa que agora ninguém defenda a medida bandeira do Governo para 2013 (mesmo a Comissão Europeia e o FMI já disseram que a deixam cair e que a ideia não foi sua), porque todo o regime de austeridade foi posto em causa com a manifestação de um milhão deste sábado por todo o país e as pessoas querem o fim do governo da troika.

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