Executivo quer aumentar idade de reforma e desmantelar apoios sociais
O governo da troika pretende neste momento executar o maior corte de sempre na despesa social do estado. Um corte de 1000 milhões na Segurança Social e de mais 300 milhões em despesa social não identificada. Espera ainda destruir mais 200 mil empregos. Sem legitimidade para governar, este governo mantém-se, graças ao apoio do Presidente da República e da troika. A resposta popular contínua é a única maneira de travar e expulsar este governo e exigir algo de que já se fala em toda a Europa: o fim da austeridade.
Desde Dezembro de 2012 que o governo não anuncia quaisquer novas medidas de austeridade. Os efeitos das manifestações importantes e sucessivas que ocuparam as ruas do país: a 15 de Setembro, 29 de Setembro, 14 de Novembro, 2 de Março, 25 de Abril e 1 de Maio foram travar o governo. A pressão popular impediu o governo de implementar novos cortes, mas sentindo que esta pressão pode desanuviar, o executivo que neste momento está ainda em funções, ligado à sua máquina de apoio vital (Cavaco Silva e Troika), pretende aplicar o maior corte de sempre nos apoios sociais.
As medidas são claras – aumentar a idade de reforma, impedir ao máximo e penalizar as reformas antecipadas e cortar nos subsídios de doença e desemprego (chumbados pelo Tribunal Constitucional), seguramente continuar a ceifar o rendimento social de inserção. Tudo isto para engordar os fundos da Segurança Social e continuar a utilizá-los para comprar dívida pública e fazer investimentos de risco que põe em causa a própria segurança das reformas e apoios sociais que estes fundos deveriam garantir. Outra medida que o governo deverá apresentar é o despedimento de 20 mil funcionários públicos, contribuindo para um total de desempregados que estima aumentar em 200 mil.
A desculpa de que o dinheiro da troika serviria para pagar salários e pensões já se desmoronou há muito, quando cada vez mais o governo corte nos salários e nas pensões, despedindo e deixando de gerir os apoios garantidos pelos descontos para a Segurança Social de quem trabalha para garantir a equidade e a solidariedade dentro da sociedade. O dinheiro da troika veio para pagar juros (principalmente à banca e à própria troika), assim como cada vez mais os dinheiros públicos são utilizados unicamente para pagar a dívida pública e os seus juros draconianos. Passos Coelho ontem fez uma grande confusão num reunião dos Trabalhadores Sociais-Democratas ao dizer que “as taxas de juro nunca foram tão baixas para a dívida pública”, esquecendo-se que paga juros que vão até aos 30% apenas relativos ao resgate da troika.
13 de Maio é a nova data anunciada pelo governo para apresentar à troika um corte de 4,7 mil milhões de euros. A resposta contra o governo e contra a troika far-se-á sentir.
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