Exílio Laboral: 128 mil pessoas abandonaram o país em 2013. Nos últimos três anos foram 350 mil.
Tal como havíamos divulgado no relatório “Não há Saídas Limpas – ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DO EMPREGO, DESEMPREGO E PRECARIEDADE DURANTE A VIGÊNCIA DO MEMORANDO DA TROIKA“, divulgado a 16 de Maio, o país perdeu 350 mil habitantes entre 2011 e 2013. O êxodo forçado imposto aos trabalhadores e aos desempregados do país leva a um enfraquecimento generalizado da capacidade de recuperação do país.
Não é apenas a “fuga de cérebros”, é a fuga de vontades, imposta por um governo que pauta a sua actuação pela miserabilidade e pela ilegalidade. Em 2011 foram 100.978 a partir, em 2012, 121.418 e em 2013 o exílio forçado continua a subir: 128.108, números divulgados pelo INE.
Alguns jornais tentam dourar a pílula dizendo que apenas foram 60 mil os que partiram, dividindo o exílio laboral em emigrantes permanentes (53.786) e emigrantes temporários (74.322). A continuidade das políticas austeritárias deverá implicar um não-regresso de muitas e muitos daqueles que partiram contrariados, que querem regressar, mas que não veêm condições para isso. No entanto, recrudescem os nacionalismos e as xenofobias por essa Europa fora, onde centenas de milhares de exilados laborais do Sul da Europa são perseguidos e atacados por procurarem uma vida melhor.