Fábrica de calçado despede através de SMS
Os trabalhadores da empresa de calçado Pinhosil, em Arouca, foram surpreendidos na quinta-feira passada com um SMS que os informava do seu despedimento. O SMS dizia apenas que a partir desse dia a empresa estaria encerrada e que brevemente iriam receber a respectiva carta de despedimento. O irónico é que foi também a partir desse dia que o patrão da Pinhosil ficou incontactável por telefone. O proprietário Manuel Pinho Silva repete agora o mesmo número, depois de ter fechado uma empresa de calçado há quatro anos atrás, e ter aberto esta algum tempo depois, transferindo alguns dos trabalhadores.
O sentimento entre os operários da empresa é de estupefacção, pois dizem que trabalho era coisa que não faltava, sendo que até faziam horas extraordinárias, ao mesmo tempo que lhes eram devidos os ordenados dos meses de Julho e Agosto e o subsídio de férias deste ano, além de metade do subsídio de Natal referente ao ano passado. Como pode haver uma exploração tão grande do trabalho, quando uma empresa produz bens e isso não se reflecte em nenhum vencimento para os trabalhadores?
Mas aqui está uma prova para apresentar a muitas pessoas que não param de dizer que é muito difícil despedir neste país. Até por SMS.
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