FCT ainda não abriu concursos para bolsas e deixa investigadores às escuras

logo-fctA Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) emitiu um comunicado no final de Maio assumindo a abertura de concursos de bolsas individuais de doutoramento, pós-doutoramento e de Investigador FCT, durante o mês de Junho. O mês de Junho já terminou, e não só os concursos não abriram, como a FCT não fornece nenhuma informação sobre a alteração aos prazos inicialmente indicados, encontra-se incontactável para os bolseiros que a procuram.

A FCT continua a ignorar os investigadores, que trabalham em prol do conhecimento e inovação, e a tratá-los como mão-de-obra barata e desprezando os seus direitos. Exigimos informações e a abertura dos novos concursos, e queremos vínculos que nos protejam destas incertezas e atrasos que se repetem ano após ano.

Não aceitamos o caminho do desinvestimento e descompromisso com a Investigação, a que estas políticas estão a levar.

Por tudo isto, apelamos a todos os investigadores, bolseiros, contratados, candidatos a bolseiros e apoiantes da investigação científica a iluminarem a FCT, que nos deixa tantas vezes às escuras. Aparece na flashmob, no dia 15 de Julho às 13h, em frente à Loja do Cientista (Av. D. Carlos I, nº124), traz um espelho ou uma lanterna! Vê evento aqui.

“Portugal, apesar de muitos avanços que devemos reconhecer, continua a ser um país com um grande deficit na área da Educação Superior e da Ciência, e nada será resolvido neste país se não adquirirmos consciência desta realidade, e se não a transformarmos em acção pública. Precisamos de transformar os nosso investimentos nesta área, não permitindo que tudo seja cortado, de forma cega, e que assim se ponha em causa o nosso futuro, como país da Cultura e do Conhecimento. (…) Não há maneira de reforçar a Ciência, sem reforçar os cientistas. Temos de reforçar as pessoas que trabalham nesta área e que, sobretudo enquanto jovens, têm sido empurrados para um ciclo de precariedades, de sucessivas precariedades, que fragilizam o seu trabalho, e as suas vidas. É preciso dar presente e dar futuro aos nossos investigadores.”

António de Sampaio da Nóvoa, em declarações à Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis.

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