FMI e governo deixam patrões satisfeitos :: Anseios antigos concretizados
António Pires de Lima Homem do CDS e gestor da Unicer |
Comprometem-se com algo? Claro que não. O FMI passou um cheque-em-branco em nome de todos os trabalhadores assalariados e pensionistas do país.
Segundo o Diário Económico, Depois de terem sido conhecidas as principais medidas que a ‘troika’ prevê introduzir em Portugal, a maioria dos empresários contactados considera positiva as novidades em torno do que foi avançado na área laboral. Em causa, estão os cortes dos descontos para a Segurança Social, por via da redução da Taxa Social Única na parte que é da responsabilidade das empresas – e que a ‘troika’ considera fundamental para aumentar a competitividade da economia.
Paulo Varela – vice-presidente do grupo Visabeira – “reduzir a carga fiscal das empresas e fomentar a criação de emprego”
César Guimarães – CEO da Alert – “uma maior flexibilidade das leis do trabalho encontra do lado dos empresários menores resistências à contratação”. Satisfeito com a redução da Taxa Social Única mas também pelas indemnizações por despedimento passarem a ser mais baratas, com base em 20 dias de trabalho por ano e não em 30, como sucede actualmente. Portugal é, no entanto, um dos países da Europa com salários mais baixos, ou seja, dia de trabalho mais barato.
Mário Ferreira – presidente da Douro Azul – Considera as medidas muito acertadas porque é necessário que “a legislação do trabalho permita despedir quem não está a contribuir para o sucesso da empresa”. O empresário espera ainda algumas bencesses fiscais no que refere como incentivos à contratação de mais trabalhadores são também importantes.
Carlos Barbot – CEO da Tintas Barbot – Sublinha a importância dos aspectos relacionados com a flexibilização da lei do trabalho.
António Carlos Rodrigues – presidente executivo da Casais – “no aspecto da flexibilidade laboral estava à espera de mais, em linha com as práticas dos países da Europa”. Para este responsável é necessário cortar os apoios sociais como o rendimento mínimo às pessoas que estão a receber “e que não querem trabalhar.”
Ângelo Correia – Fomentinvest – “as expectativas são mais positivas e diferentes do que se esperava até agora. Mas temos de esperar pela apresentação das medidas”
UM GOVERNO DE GESTÃO NÃO PODE NEGOCIAR OU FIRMAR ACORDOS COM O FMI, QUE PARA ALÉM DE SEREM UMA TRAIÇÃO, SÃO ASSUNTO SOBRE O QUAL SÓ OS PORTUGUESES PODEM PRONUNCIAR-SE NO PRÓXIMO 5 DE Junho.
Votar no PS ou no PSD (acolitados pelo CDS) é aceitar que devemos pagar a dívida que os banqueiros e políticos corruptos contraíram, é concordar com os cortes salariais, com a contratação precária e com os despedimentos arbitrários, é ceder ao medo e à chantagem e é aceitar a política que aqueles que tudo têm e nada fazem e se foram enchendo à tripa – forra nos querem afinal impor.
Ricos e mal agradecidos