FMI pressiona Espanha

O FMI está a caminhar a passos largos em direcção a Portugal, depois da Grécia vem agora a Espanha. De entre uma longa lista de problemas apontados por esta instituição à situação espanhola destaca-se o problema de um mercado de trabalho “disfuncional”, segundo relata a notícia do Jornal de Negócios. Dizem que o mercado de trabalho não está a funcionar, e que com esta crise a Espanha tem uma “oportunidade histórica” para fazer uma reforma laboral de fundo que acabe com as diferenças entre os trabalhadores e trabalhadoras com contratos “blindados” e os que vivem permanentemente na precariedade. 
Não nos parecem inocentes estes reparos, muito parecidos com intervenções do Passos Coelho, que diz também ser necessária uma profunda reforma da contratação em Portugal. Assim como no “caso” do ministro das Finanças que concorda com isto. O FMI que tem sido o motor das reformas mais austeras pelo Mundo fora, e mais recentemente na Grécia, pretende dar força à justificação dos Governos para a implementação da precariedade em todas as formas de contratação. Querem mais facilidade em despedir, menos aumentos, mais horas de trabalho e muita desregulação. Esta crise pode ser uma oportunidade para isso porque instala a necessidade de todos fazermos um sacrifício, mas quem sofre com a precariedade sabe muito bem que a corda não dá para esticar muito mais, sacrifícios terão de fazer quem recebe os lucros, e quem criou a crise. 
Este momento pode ser uma oportunidade de sairmos à rua e impedir que destruam as nossas vidas para pagarmos a crise deles. É aí que vamos estar no dia 29 de Maio!
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