Fortunas – sempre intocáveis

« Quais as razões para não haver um controlo automatizado através de um acesso imediato à informação? A meia resposta do Ministério das Finanças ao PÚBLICO: esse controlo não é possível porque a informação existe numa “diversidade de entidades envolvidas”, situação essa “que não permite equacionar um envio sistemático e fiável da informação”. E continua: esse conhecimento “tem de ser obtido com a recolha da correspondente informação, não havendo uma solução milagrosa de “interconexão” ou de “rotinas” que a permita obter”.
Que medidas foram tomadas para seguir as recomendações da IGF de haver uma interconexão de base de dados? Resposta: “A DGCI continua a pedir às entidades respectivas, no âmbito do dever de colaboração, a informação de que necessita para o controlo das manifestações de fortuna. A desejável “veiculação sistemática de adequada informação” exigiria, relativamente às entidades privadas, a criação de uma obrigação legal através da entrega de uma declaração, com os custos de contexto que tal implica e que, no caso, não se justifica”.
Porque não chegou a ser usada a autorização legislativa concedida pelo Parlamento para 2004 e 2005 para criar a interconexão com as conservatórias prediais e automóvel? Não se obteve resposta. O PÚBLICO insistiu. Em vão.»






