Fundação de Serralves, obrigada a quebrar o silêncio, insiste na defesa das ilegalidades
A Fundação de Serralves foi hoje obrigada a responder pelo facto de ter despedido mais de uma dezena de trabalhadores e trabalhadoras, depois de vários anos a falsos recibos verdes. Os recpcionistas de Serralves não aceitaram e voltaram a juntar-se aos movimentos de trabalhadores precários para afirmar essa recusa e divulgar a chantagem ilegal de que estão a ser vítimas. Após a divulgação do comunicado conjunto do FERVE e dos Precários Inflexíveis, a Fundação de Serralves deixou de conseguir remeter-se simplesmente ao silêncio.
Em declarações à Antena 1, Cristina Passos, responsável pela Divisão de Recursos Humanos da Fundação de Serralves, insiste na ilegalidade e afirma, mesmo sem convicção, que “nunca houve relação laboral implícita”. No seu jogo de palavras, diz que os recepcionistas não tinham horários definidos, antes “existe um horário de abertura e funcionamento da instituição”. Também não respodem perante uma hierarquia, mas “todos eles é que se organizam e prestam o seu serviço”.
Já no jornal Sol, uma fonte da Fundação prefere manter uma subtileza hipócrita: os recepcionistas estão a ser dispensados e não despedidos, “porque não estão ligados contratualmente à empresa, são prestadores de serviços em part-time”. Mas um dos trabalhadores garante que em Serralves sempre lhes disseram que “não fazem contratos a recepcionistas” e esclarece ainda que as condições agora oferecidas, além de ilegais, eram ainda piores que as anteriores.






