Governo anuncia alargamento do subsídio social de desemprego

O Governo anunciou hoje que vai alargar a atribuição do subsídio social de desemprego de um período de 12 para 18 meses. O anúncio foi feito por Vieira da Silva, em conferência de imprensa no final de uma reunião de Conselho de Ministros de hoje.

Convém dizer que esta contribuição social é bem diferente do subsídio de desemprego: trata-se de uma valor baixo, correspondente a fracas contribuições para a Segurança Social. Ou seja, é o melhor a que podem aspirar os precários e precárias, porque ter uma carreira contributiva significativa não é compatível com contratos a prazo ou menos do que isso.

Num país em que o desemprego e a precariedade são os principais problemas sociais, esta medida é ténue. E contrasta com a generosidade que este Governo teve com os sectores previligiados (e responsáveis pela crise, já agora). O Governo não responde ao essencial e mantém a insustentável situação vivida por muita gente sem emprego e sem qualquer subsídio. Um número que não pára de crescer e que representa uma verdadeira urgência social.

Ora, justamente reagindo a este anúncio, Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, declara que este prologamento é “insuficiente”. Salientando que o cenário de enorme debilidade social que o país atravessa “e que, infelizmente, tende a prolongar-se” exige mais respostas, adianta que o valor desta contribuição é muita baixa, não permitindo “uma vivência com dignidade”. “Temos 40% dos desempregados sem nenhum subsídio: sem subsídio de desemprego nem subsídio social de desemprego”, diz ainda este dirigente, que culpa a fraqueza do Governo perante a precariedade. “Neste momento, há milhares e milhares de trabalhadores que, em função da situação de excessiva precariedade em que se encontram, não chegam sequer a formar o tempo sufiente” para receber qualquer subsídio.

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