Governo escolhe alvo a abater: função pública

A ordem é para esmagar quem trabalha para o Estado
O Governo irá levar hoje para a “negociação” com os sindicatos da função pública um pacote que significa que escolheram os trabalhadores do Estado como o alvo a abater. Passos e Portas, para além do corte mais de um salário e de outro salário através do IRS, querem aumentar a idade da reforma para os 65 anos (dois anos antes do que o acordado em concertação social), querem despedir 50 mil trabalhadores precários com contratos a prazo na função pública, querem reduzir para metade o valor das horas extraordinárias e alterar as ajudas de custo (vê aqui o plano do Governo descrito na Lei das Grandes Opções do Plano).

É o esmagamento das pessoas que trabalham para o Estado e irá levar também à desagregação dos serviços públicos como a Saúde, a Educação ou a Defesa, visto que o Estado não pode realizar as mesmas funções se prescinde em apenas 2 anos de 100 mil funcionários.

Quando cortaram os subsídios de natal e férias aos funcionários públicos em 2012, Passos, Portas e Gaspar argumentaram que era justo fazê-lo porque quem trabalha para o Estado não pode ser despedido e que essa segurança tornava o corte “mais justo”; nem um ano passou e querem manter os cortes nos salários e ainda despedir dezenas de milhares de precários da função pública que realizam funções permanentes e indispensáveis ao Estado e aos cidadãos.

Este combate é de todos e todas e os Precários irão fazer tudo ao seu alcance para que este Orçamento de Estado não passe. Aliás, este Sábado juntamo-nos aos Deolinda, ao Camané, ao Chullage, a Carlos Mendes e a mais 30 bandas e artistas para dizermos juntos nessa manifestação: Que se lixe a troika!

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