Governo espanhol retira limitações à contratação precária

O executivo de José Luís Zapatero anunciou a suspensão, até 2013, do limite máximo de 2 anos para os contratos a prazo – que, neste momento, se transformam em contratos por tempo indeterminado ao final desse período. A medida é justificada com o combate ao desemprego, mas as principais centrais sindicais do país, a UGT e as Comissiones Obreras, já a criticaram, considerando que o Governo espanhol está a incentivar a precariedade, numa “aposta no emprego temporário, de má qualidade e com menos direitos”.
As medidas legislativas que facilitam a precariedade, em Espanha como em Portugal e em vários outros países, são sempre justificadas com a defesa do emprego. No entanto, o balanço é evidente: a precariedade cresce sempre a par do desemprego, sacrificando, pelo caminho, direitos básicos e salários. Por cá, também o Governo também já anunciou, no seu programa, a intenção de suspender as limitações às renovações dos contratos a prazo (conforme já analisámos aqui), numa medida muito semelhante àquela avançada agora pelo executivo espanhol.
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