Governo espanhol retira limitações à contratação precária
O executivo de José Luís Zapatero anunciou a suspensão, até 2013, do limite máximo de 2 anos para os contratos a prazo – que, neste momento, se transformam em contratos por tempo indeterminado ao final desse período. A medida é justificada com o combate ao desemprego, mas as principais centrais sindicais do país, a UGT e as Comissiones Obreras, já a criticaram, considerando que o Governo espanhol está a incentivar a precariedade, numa “aposta no emprego temporário, de má qualidade e com menos direitos”.
As medidas legislativas que facilitam a precariedade, em Espanha como em Portugal e em vários outros países, são sempre justificadas com a defesa do emprego. No entanto, o balanço é evidente: a precariedade cresce sempre a par do desemprego, sacrificando, pelo caminho, direitos básicos e salários. Por cá, também o Governo também já anunciou, no seu programa, a intenção de suspender as limitações às renovações dos contratos a prazo (conforme já analisámos aqui), numa medida muito semelhante àquela avançada agora pelo executivo espanhol.
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o sistema nacional vai acabar por desabar. mal posso esperar. estava a ver o programa 'espaços & casas' no MEO (não me lembro o canal) uma entrevista ao reconhecido arquitecto Eduardo Souto de Moura e ele disse que os recentes e(futuros) arquitectos estão todos a emigrar para o brasil e suíça. Ora, mesmo que hajam emigrantes a regressar ao nosso país, o governo assim não vai conseguir fixar a população jovem. Falo por exemplo dos cortes na saúde, vai haver muitos despedimentos, e mais condições precárias.
e envelhecimento generalizado da população.
Qual é o jovem português que não gostava de emigrar?
Qualquer jovem, português, com licenciatura, hoje em dia, dava tudo para emigrar. O problema é que emigrar não é ir «ali à rua de baixo» e já vir. Ou há amigos,família,ou emprego prometido lá fora.
Vamos ser sinceros: quem é que constrói uma vida, com salários de 485 euros? Quem?
Uma renda de uma casa, hoje em dia, dificilmente é menos que 350 euros. Como é que alguém vive? E mesmo que se tenha os pais e se viva com eles, que raio de vida poderemos nós ter, com salários de 485 euros? É preciso juntar durante três meses, para conseguir fazer dinheiro para um ano de faculdade. Ou seja, nem a trabalhar conseguimos juntar dinheiro para investir em nós, para conseguir pós-graduações, mestrados, etc.
E depois basta ver as ofertas de emprego: calls, calls, e mais calls. Há sempre gente a entrar e a sair. Empresas que metem malta a recibos verdes em calls, e se dizemos que não queremos a recibos verdes, ficam ofendidos; parece que temos que aceitar qualquer merda que nos metem à frente.
A culpa disto tudo, do estado a que chegou o nosso país, é toda da geração dos nossos pais que, tal como a nossa actualmente, fala, fala, mas não faz nada.
Ha uma coisa que a comunidade brasileira emigrada tem que é excelente: emigração em rede. Arranja-se sempre emprego e casa para onde se quer emigrar; ajudam-se uns aos outros um tempo, até se orientarem. Por que razão é que cada vez há mais alunos brasileiros a ocupar os mestrados em Portugal?
Eu tinha colegas que vinham pois os empregos passavam de brasileiros para brasileiros, assim que chegavam.
Isso é muito bom. Era bom ver igual com a comunidade portuguesa. Eu, se tivesse dinheiro, já tinha emigrado ontem. Se é para trabalhar fora da área de licenciatura, ao menos que seja lá fora: ganho mais, reconhecem o meu valor, tenho possibilidades de subir na vida, e de vir a pôr em prática o meu curso num país decente.
Aqui em Portugal é: inbound ou outbound?
Portugal não é um país nem para novos nem velhos. É para quem não pode sair daqui.
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Ainda hoje fui à Kelly, super mal atendido por uma labrega que está ali o dia todo sentado ao ar condicionado a tratar mal gente que vai lá procurar algo, e que tem as mesmas habilitações que ela. O que muda é o curso.
Esta gente das EET mete-me nojo. São quase todos/as uns javardos de merda. Muito gostam de humilhar aqueles a quem a elas recorre.
Quando ficarem, tb eles, sem emprego por alguém mais novo, provam aquilo que andaram a dar de provar durante anos.