Governo recua na privatização da TAP, sindicato diz que foi uma "vitória dos trabalhadores da TAP"

Foto ExpressoAfinal a venda da TAP ao grupo Synergy não se confirmou porque, de acordo com os matutinos, o empresário Efromovich – o tal cidadão do mundo que é simultâneamente polaco, colombiano  brasileiro e boliviano – não conseguiu arranjar as garantias bancárias necessárias para o negócio. Alguns jornais dizem mesmo que durante o Conselho de Ministros foram feitas chamadas para o empresário tentando que o negócio fosse fechado imediatamente.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) diz que a decisão de não venda da empresa “É uma vitória dos trabalhadores da TAP, que conseguiram que a sua voz fosse ouvida pela opinião pública”.

Para mais, os trabalhadores consideram que o processo de privatização “não tinha sido conduzido da melhor forma desde o início”, nomeadamente porque a transportadora portuguesa iria ser vendida por uns ridículos 35 milhões de euros.

Muito se tem falado do passivo da TAP, mas esta empresa tem uma posição singular, pois desde meados dos anos 80 que o Estado não introduz um centimo na empresa, muito embora recolha os dividendos. Assim, o seu passivo resulta também da modernização que foi sendo feita e não de um despesismo em salários ou com o pessoal. Não é por causa dos trabalhadores que a TAP está na situação em que está e quaisquer problemas só podem ser apontados à Administração ou ao Estado, como único ativista.

O Governo diz que, tendo falhado a privatização, vai haver um plano de choque na TAP, com despedimentos, cortes nos custos operacionais e outras medidas para favorecer uma nova tentativa de venda daqui a dois anos. Mais uma vez o caminho errado que irá prejudicar não só o futuro desta empresa estratégica como os seus trabalhadores e trabalhadoras.

Ver notícia Público aqui.

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