Governo vai despedir 20 mil precários
Cerca de 20 mil trabalhadores que exercem funções públicas com vínculos precários, designadamente contratos a prazo, vão ficar sem emprego em 2013 e 2014.
De acordo com o Jornal de Notícias (ver aqui) o Governo não vai renovar contrato com cerca de 20 mil pessoas que trabalham para o estado em situação precária.
A tabela de cortes estruturais que consta do relatório da sétima avaliação da Troika aponta para uma redução de 74 milhões de euros na despesa com salários em 2013, obtida através da diminuição brutal dos contratos a termo; em 2013, a redução de despesa com salários rondará os 214 milhões de euros. Tendo em conta que a remuneração média destes contratados ronda os 1000 euros por mês, isto significa que não serão renovados cerca de cinco mil contratos durante o corrente ano e que em 2014 cerca de mais 15 mil trabalhadores serão despedidos, perfazendo assim 20 mil despedimentos.
Na primeira metade deste ano milhares de trabalhadores foram já despedidos do Estado e, no ano transato, o despedimento de precários do estado atingiu os 14 mil; como tal, o número de pessoas despedidas da função pública irá muito além das 35 mil pessoas.
Sempre o dissemos, a precariedade no Estado nunca foi resolvida porque os sucessivos Governos usam-se dela para não só pagar salários mais baixos, como poderem despedir a-la-carte. Os precários são os primeiros a pagar pala loucura do regime de austeridade de Passos, Portas e Gaspar.
A Greve Geral do próximo dia 27 é o momento mais importante para fazer com que estes cortes não sigam para a frente. Trabalhadores, precários ou não, desempregados ou a recibos verdes, têm de se unir para acabar com a austeridade.
Recorde-se que a taxa de desemprego em Portugal é neste momento a mais elevada desde que há registos, cifrando-se nos 17,8%.
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