Grécia luta por direitos enquanto Governo, FMI e BCE atacam salários e serviços públicos

4a feira os trabalhadores gregos do sector dos transportes congelaram o país. Com a paragem de autocarros, comboios, metros e serviço portuário, os trabalhadores experimentam organização e luta para o próximo dia 15 de Dezembro, para o qual está marcada mais uma Greve Geral.

Perante a luta dos companheiros dos transportes, também os trabalhadores bancários se associaram à greve. Neste caso, em protesto contra as leis aprovadas pelo governo no sentido de permitir aos empregadores contratarem funcionários por salários menores do que os estabelecidos nos contratos colectivos.  

Na Grécia, como em Portugal, uma parte importante do salário é pago em bónus e outro tipo de suplementos. Essa fragmentação introduzida pelos governos e empresas no pagamento dos salários, permite agora mais facilmente a retirada de salário pago de formas “laterais”. Enquanto isso é passada para a opinião pública a imagem de que os trabalhadores têm demasiados previlégios (esses suplementos e bónus), e que perante a crise têm de ser retirados a bem da igualdade entre cidadãos trabalhadores.

O empréstimo de 100 biliões de Euros da União Europeia e do FMI implica a redução drástica dos salários dos funcionários públicos, o congelamento das pensões e um aumento brutal dos impostos ao consumo, tudo para salvar a economia do colapso financeiro devido à crise originada na banca. Recordemos que os trabalhadores gregos têm um salário mínimo que ronda os 700€.

Em mais um dia de luta, mais de 2,000 trabalhadores dos transportes marcharam em direcção ao parlamento, no centro da cidade, gritando: “Não há sacríficios para os Bancos. Tirem as mãos do transporte público” 

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