Greve desconvocada por alegado compromisso do Governo
Hoje não haverá greve dos trabalhadores de handling e equipamentos, da Groundforce e Portway. Os momentos de greve, comunicados em conjunto por quatro sindicatos, que incluiam 2 dias completos de paralisação, foram ambos desconvocados. Logo no dia 21 tinha sido desconvocada a paralisação da Groundforce que estava prevista os dias 22, 23 e 24 de Dezembro.
De entre os vários motivos apresentados pelos sindicatos para a convocatória conjunta da greve, destacámos desde logo dois pontos que nos pareceram de toda a importância e que se referiam à reconversão laboral em andamento na TAP, substituindo trabalhadores com direitos por trabalhadores precários, e sobre o negócio mal explicado do despedimento dos 336 trabalhadores da Groundforce de Faro (empresa que alegadamente dá prejuízos de milhões de euros mas tem 4 ou 5 empresas de aviação estrangeiras interessadas na sua compra).
Durante este processo, o presidente da TAP – Fernando Pinto – declarou publicamente que iria furar ilegalmente a lei da greve, requisitando trabalhadores de outros serviços para preencher as falhas desses dias.
Os Sindicato da Industria Metalurgica e Afins (SIMA), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) e Sindicato dos Técnicos de Handling e Aeroportos (STHA), que convocaram a greve, desmarcaram os momentos de paralização “após uma reunião realizada, hoje, segunda-feira, e ponderados todos os factores, nomeadamente, a garantia e o empenhamento do ministro dos Transportes, António Mendonça, e do secretário de Estado Paulo Campos para efectivamente encontrarem em conjunto soluções para o sector aéreo em Portugal, bem como as questões de que enfermam” as duas empresas.
Para já, nenhum compromisso concreto se conhece no que diz respeito aos direitos dos trabalhadores despedidos de Faro nem sobre os trabalhadores temporários e precários (citados no pré-aviso de greve). Esta não é a primeira vez em que períodos de greves convocados são anulados ou interrompidos (ver aqui e aqui) pelos sindicatos que representam os trabalhadores do Handling e Equipamentos na TAP.
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