Greve Geral :: Por cá também queremos saber quanto é que damos a ganhar aos patrões por dia!

Hoje é divulgado amplamente nos media um soundbyte francês que por cá também se ouvirá, refere-se ao custo das greves para o país. A ministra da economia gaulesa afirma que embora seja difícil de quantificar, aponta para uma perda entre “os 200 e os 400 milhões de euros por dia”. Segundo dados do Ministério da Economia, a factura total dos oito dias de greves e manifestações está já avaliada entre 1,6 e 3,2 mil milhões de euros.
Por cá, devido à imaginação fértil de algumas deputadas do PS, também se falou há pouco tempo do custo dos feriados para o país. Na altura os cálculos apontavam para que cada feriado nacional custaria ao produto do país cerca de 37 milhões de euros. No total, entre feriados e tolerâncias de ponto, o país perderia cerca de 800 milhões de euros. Mas será que é o país todo que perde?
Desde já era bom que nos entendessemos: se o país perde uma parte importante da produção  quando os trabalhadores param, em França ou em Portugal, é porque o motor real da produção são os trabalhadores, e nenhum qualquer artefacto tecnológico ou mecânico.

Ao contrário do que difunde a ideologia dominante, não existe riqueza ou produção sem o trabalho, ou seja, sem as pessoas. Por isso é que preocupa tanto os patrões e as confederações patronais (e os seus boys nos governos) que os trabalhadores parem. Portanto a questão a colocar é, qual o motivo que leva a que a riqueza proveniente do trabalho seja tão mal distribuída, e dessa forma transformado Portugal no 3º país europeu onde a distribuição dos rendimentos do trabalho é mais desigual, muito próximo da Letónia e da Bulgária.
Desde já deixamos a nota de encomenda ao Senhor Ministro Teixeira dos Santos e aos patrõesinhos: queremos mesmo saber quanto produzimos. Estamos prontos e de calculadora na mão para fazer as contas e saber quanto, no dia 24 de Novembro, seria riqueza gerada e de que forma seria distribuída.
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