Greve na Controlinveste

Após o anúncio do despedimento de 140 trabalhadores, 66 dos quais jornalistas, foi convocada uma greve dos trabalhadores. A adesão à greve ronda os 90%, segundo o sindicato. JN e DN deverão receber o maior impacto na edição do jornal amanhã, enquanto a TSF está já a meio gás, tendo interrompido os noticiários às meias horas. Carlos Vaz Marques, anunciou que em solidariedade com a greve não haverá Governo Sombra hoje. Na próxima semana os Precários Inflexíveis promovem um debate 4ª feira, 16 de Julho, às 21h30 com o jornalista João Paulo Baltazar, despedido da TSF, intitulado “A Liberdade de Imprensa também é precária!”

carlosvazmarques

 

“Na TSF temos uma adesão muitíssimo significativa com efeitos claros na antena. No turno da madrugada e manhã, a adesão será da ordem dos 90% afetando claramente noticiários e a própria programação”, disse Alfredo Maia, do Sindicato dos Jornalistas à Lusa, tal como pode ser ouvido periodicamente na própria rádio. Além do Governo Sombra não ir para o ar, os espaços estão a ser ocupadas por longos períodos publicitários e de música em sequência.

A Global Imagens, que fornece fotos para O Jogo, JN, DN e Dinheiro Vivo está praticamente paralisada.

Em comunicado o Sindicato dos Jornalistas destaca que “o despedimento coletivo de 140 trabalhadores, 66 dos quais jornalistas, assume uma violência e uma dimensão que não há memória nas quatro décadas da democracia portuguesa, pelo que uma forte adesão à greve é essencial para repudiar o despedimento coletivo e a descaracterização dos títulos”, estando em causa não apenas a defesa dos postos de trabalho mas a própria “qualidade de informação produzida pelo Diário de Notícias, Jornal de Notícias, O Jogo, Notícias Magazine, TSF e Global Imagens”.

Na próxima 4ª feira, 16 de Julho às 21h30, iremos dinamizar um debate no MOB, sob o título “Despedimentos e abuso laboral no jornalismo: a liberdade de imprensa também é precária!”, com a presença de João Paulo Baltazar, jornalista da TSF, actualmente em processo de despedimento, Ana Luísa Rodrigues, jornalista da RTP, Neuza Campina Padrão, jornalista estagiária e Myriam Zaluar, jornalista precária e activista da Ass. Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis

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