Greves e manifestação de professores em Junho

Greve geral de professores a dia 17 (primeiro dia de exames nacionais), greve a todo o serviço de avaliação nos dias 11 a 14 e uma manifestação nacional para dia 15: a marcação destes dias de luta para o mês de Junho foi a principal decisão de 9 organizações sindicais, reunidas ontem em Lisboa para avaliar “a actual situação política, social e económica do país e as suas graves implicações na Educação”.

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Esta é uma importante sintonia e decisão de acção conjunta entre um conjunto tão alargado de organizações que representam docentes, que demonstra a gravidade das intenções do Governo e faz adivinhar novas grandes mobilizações destes profissionais. Além da reacção perante o frontal ataque aos direitos dos professores, ameaçando a profissão, as estruturas sindicais dizem também que está em causa a Escola pública e a qualidade do ensino.

Os sindicatos demonstram “forte preocupação” com a mobilidade especial anunciada para Setembro, o grande aumento do horário de trabalho ou a ameaça de eliminação das tabelas salariais. E criticam também os brutais cortes orçamentais na área da educação, a diminuição dos apoios sociais aos alunos, a instituição dos mega-agrupamentos e o aumento do número de alunos por turma. Quanto ao sector privado e cooperativo de ensino, denunciam a intenção de impor um novo contrato colectivo de trabalho, que consideram “um verdadeiro atentado à profissão de Professor e às suas condições de exercício profissional”.

Não se farão esperar os ataques a esta greve, sendo já de adivinhar o argumentário de governo e partidos da coligação: defenderão que isto é um ataque aos alunos e ao seu direito à avaliação, ignorando que as suas políticas de destruição do ensino e da sua qualidade é que destroem diariamente a Escola Pública em Portugal.

Notícia no jornal Público.

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