Groundforce pronta para ser vendida arrasta centenas de trabalhadores para o desemprego

Fernando Pinto (CEO da TAP)
A privatização da Groundforce, depois de arrastar para o desemprego 336 trabalhadores de Faro, arrisca agora o emprego de mais 200 trabalhadores, alegadamente temporários, precários, das operações de Lisboa. 

Este processo de privatização (da Groundforce), decidido pela Autoridade da Concorrência para que se cumpram as leis de mercado, conta, segundo Fernando Pinto (CEO da TAP), com quatro companhias aéreas estrangeiras interessadas, sendo que  “chegaram a ser cinco“.  A reconversão laboral direitos vs precariedade fica evidente, e, apesar de não serem conhecidas as principais linhas das negociações com as companhias aéreas interessadas, está desde já a ficar para último plano a manutenção do emprego, os direitos dos trabalhadores e o combate à precariedade laboral. 

Em defesa dos postos de trabalho e luta contra a precariedade  no sector introduzida pelas ETTs (Empresas de Trabalho Temporário), foram marcadas greves conjuntas por 4 sindicatos do sector para o período de Natal 2010 e Fim-de-ano. No entanto, foram desmarcadas em cima da hora devido à obtenção pelos sindicatos de um alegado compromisso do Governo. Os sindicatos recusam agora negociar directamente com a administração da Grounforce, ficando ainda mais turva a ideia sobre qual o conteúdo concreto do alegado compromisso do governo que levou a que as lutas dos trabalhadores fossem desmarcadas.  

Aquilo que parece seguro é que o encerramento da escala de Faro é irreversível, não é realmente conhecido qual o destino laboral das 336 pessoas despedidas e existem centenas de pessoas que ainda têm o seu emprego, precário ou não, em risco.
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