Grupo GPS ameaça e "despede" ilegalmente professores

A edição de hoje do Jornal de Notícias divulga uma situação que revela todo o descaramento dos patrões e a impunidade com que abusam de trabalhadores e trabalhadoras.

O Grupo GPS Educação e Formação obriga os professores que vai contratando, nas suas mais de 20 escolas e colégios, a assinarem antecipadamente a rescisão dos contratos para o final de cada ano lectivo. O esquema é simples: obrigar os docentes a uma rotação permanente entre as várias instituições de ensino do Grupo GPS, de modo a que nunca passarem aos quadros de pessoal.

Além disso, neste esquema que impõe a mais clara e agressiva precariedade laboral, as ameaças sobre os trabalhadores são permanentes e incluem o não direito à cópia dos contratos e o despedimento “a sério” no caso de não aceitarem esta situação inqualificável.

O Sindicato dos Professores da Região Centro confirma esta realidade e assegura que os professores não falam porque têm medo de represálias e de ficar sem emprego.

Obviamente, António José Cavalete, director do Grupo GPS, nega as acusações. Entretanto, a Polícia Judiciária está a desenvolver investigações sobre o Grupo GPS por suspeita de crimes de fraude e desvio de subsídios.

Ironicamente, no site do Grupo GPS pode ler-se uma citação que, ao conhecer-se esta notícia, não deixa de ser curiosa: “Um trabalho incessante vence todas as dificuldades”. No mesmo site podemos os senhores do Grupo GPS têm a lata de dizer que “num contexto de mudança permanente, o sucesso de uma organização reside, entre outros factores, na forma como esta está atenta aos seus Recursos Humanos”. Sobre esta pérola da hipocrisia patronal, apetece dizer que estes professores e professoras dispensavam bem este tipo de “atenção”…

notícia completa aqui.
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