Helena André e patrões ficam acantonados na arrogância e prepotência
Os líderes das centrais sindicais que convocaram a greve, CGTP e UGT, assumiram publicamente uma Greve Geral notável, bem como diversas outras figuras do meio político e social. O governo, por intermédio de Helena André (Ministra do Trabalho), vem alinhar com os patrões numa estratégia de descredibilização e diminuição da greve.
Foi no entanto demonstrado na prática que serviços públicos como Escolas, Faculdades, Centros de Saúde, Hospitais, Tribunais, Finanças e Transportes Colectivos (também privados), foram paralisados a um nível histórico. Também as grandes fábricas e centros de produção e serviços privados do país foram afectados de maneira histórica.
Outro eixo de debate fica a descoberto: a democracia é subvertida e diminuída com a precariedade, com os contratos a prazo, com os recibos verdes, com os baixos salários. Os trabalhadores ficam isolados, sem capacidade de opção, sem capacidade de organização que os defenda colectivamente e são facilmente chantageados. Do ponto de vista económico, e devido aos baixos salários, os patrões nada têm a perder em pagar um dia de salário miserável aos precários, mesmo que as suas lojas ou empresas nada vendam, nada produzam. A exploração é a precariedade, a precariedade é o isolamento e o isolamento é o fim da democracia no local de trabalho.
Escrevi no meu blogue que os heróis do dia foram os trabalhadores precários, tenham sido muitos ou poucos os que aderiram à greve. Para eles (incluindo os que foram trabalhar), a minha homenagem e o meu agradecimento. Numa luta que é de todos, foram quem correu o maior risco.