Impulso jovem 2012: mais estágios precários

O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros o programa Impulso Jovem 2012 (vê documento oficial aqui) que pretende reduzir o desemprego jovem que hoje já ultrapassa os 36%.
A ideia do Governo é subsidiar estágios profissionais para os jovens à procura do primeiro emprego e reduzir a contribuição das empresas para a segurança social em 90% para as empresas que contratem jovens desempregados de longa duração durante 18 meses.
Com estas medidas o Ministro Miguel Relvas, em substituição do Ministro do Emprego Álvaro Santos Pereira, anunciou que a medida deverá permitir a contratação de 89 mil jovens e custará cerca de 344 milhões de euros.
Mas, infelizmente, este programa, à semelhança do que aconteceu com os programas Emprego 2009 e Emprego 2010 do anterior Governo e que previam exactamente as mesmas medidas, irá falhar.
Hoje existem milhares de jovens que coleccionam estágios profissionais e contratos precários financiados pelo dinheiro da Segurança Social e que nunca tiveram oportunidade de trabalhar e se poderem emancipar.

Estas medidas avulsas são mais prejudiciais do que o problema que tentam resolver, pois milhares de jovens sabem que nunca terão lugar nos quadros das empresas porque os empresários vão contratando estagiário após estagiário ou contratados a prazo subsidiados pelo Estado. Estes programas são dinheiro grátis para os patrões e mais precariedade e desemprego para os jovens. Na verdade, a única solução deste Governo para os jovens é dizer-lhes para procurarem trabalho no estrangeiro, pois em Portugal o Governo não tem uma ideia nova para resolver o problema do desemprego.

Pelo contrário, os movimentos de trabalhadores e trabalhadoras precárias têm soluções e propostas, como a Lei contra a Precariedade.
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