Impulso Jovem entra em vigor e oferece mão-de-obra barata às empresas
Com esta medida, o Governo promove mais estágios precários e mal pagos |
Desde que o Ministro Miguel Relvas apresentou o programa Impulso Jovem como forma de resolver o problema da taxa de desemprego entre a geração mais nova (mais de 36%) que a Ass. de Combate à Precariedade denunciou esta medida como ineficaz e facilitadora de salários baixos.
A Portaria que criou este programa (que podes ver aqui) define um conjunto de “Passaportes” em que por menos de 100€ mês um patrão pode contratar precariamente por 18 meses um profissional altamente qualificado e o resto do mísero ordenado é pago pelo Estado. Ou seja, para mexer nas estatísticas do desemprego jovem o Governo vai gastar 344 milhões de euros e promover a precariedade e os baixos salários através destes estágios.
Infelizmente, este programa está tão mal construído que os patrões não têm de criar postos de trabalho líquidos, ou seja, podem despedir alguém que esteja já na empresa para o substituir por um estagiário do Impulso Jovem subsidiado pelo Estado. No país das impunidades são as empresas que são subsídio-dependentes e não os cidadãos.
Os Precários continuarão a afirmar que é impossível um verdadeiro combate ao desemprego se o Governo mantiver o regime de austeridade que destrói centenas de milhares de postos de trabalho todos os anos.
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Vocês, Precários Inflexíveis, são uma autêntica desilusão. Que tédio de «movimento» ou «associação».
Desde a invasão do Call Center do BES que não fizeram nada de jeito. Nada de nada.
Um autêntico flop. N denúncias de precariedade, inclusive, algumas, aqui, no vosso website, como a da Adicional, e vocês nada. Não fazem nada.
São uma desilusão para o movimento combativo contra a precariedade.
Para arranjar tempo para umas «bjecas» e fumar umas – como uma vez publicaram no vosso site – vocês têm espírito, mas para meter a mão na merda e ir lutar, já não.
Metem-se a defender os corporativismos dos médicos, enfermeiros, professores, arquitectos, e a grande maioria, o dito «povo», que vive sem corporativismo que os represente, fica na merda.
Que tristeza de movimento.
Queixarem-se de 4€ à hora os enfermeiros? Há licenciados a cartar paletes durante 13h por dia, contratos mensais, que nem isso recebem.
Tenham vergonha.
Lutem pelos mais fracos e por todos, e não pelos mais fortes e nichos «elitistas».
Quero que os médicos, enfermeiros, arquitectos se danem. A mim importa-me é quem nada é (sou licenciado explorado num armazém de logística onde faço mais de 50h por semana e só me pagam as 8h mal e porcamente).