Inscritos no Centro de Emprego mantêm-se. Isso é bom sinal?

Os dados do IEFP do número de desempregados inscritos nos centros de emprego permitem todas as considerações. No final de Outubro existiam 694.904 pessoas inscritas, menos 96 pessoas do que no ano anterior. Tendo em conta a emigração maciça, estes valores não são bom sinal, são só sinal de que há poucas pessoas a inscrever-se nos centros de emprego.

iefpO desemprego jovem aumentou face ao período homólogo 2,1%, o desemprego de longa duração aumentou 18,0% e o desemprego entre pessoas com formação superior aumentou 9,1%.

O “fim de trabalho não permanente” continua a ser o motivo de inscrição com mais peso nos desempregados inscritos, com 38,7% das respostas totais. Os “ex-estudantes” ocupam a segunda posição com 11,9%. A precariedade é cada vez mais a regra no mundo laboral e um precário é um desempregado intermitente.

Houve uma significativa subida das ofertas de emprego por satisfazer em um ano – 69,2% – tal como uma subida das ofertas de emprego que chegaram aos centros de emprego – 61,9% – mas em relação a setembro houve menos 5,3% de ofertas, o que denuncia a sazonalidade de muitos postos de trabalho.

O resultado pauta-se por este número: em Outubro houve 905.954 pessoas a procurar emprego no IEFP e apenas 8.610 pessoas foram colocadas.

E aquilo que o IEFP não explica é que tipo de emprego é que estas pessoas conseguiram. Na verdade, e tendo em conta as estatísticas do INE, o que tem crescido em Portugal é o sub-emprego, a pagar cerca de 300€ mensais.

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