Intermitentes do espetáculo e ferroviários mobilizam-se em França contra cortes
A semana em França já estava quente. Na passada segunda-feira, ao mesmo tempo que se cumpria o sexto dia de greve dos trabalhadores ferroviários, os intermitentes do espetáculo iniciaram uma luta contra os cortes na segurança social acordados entre o Governo de Hollande e alguns sindicatos pouco representativos. Hoje, os protestos e as greves continuam, paralisando os comboios e os espetáculos em França.
Os ferroviários lutam desde o início de Junho contra a privatização dos comboios e o plano de despedimentos e precarização das suas relações laborais. Esta greve, generalizada por todo o país é considerada a maior mobilização do setor desde 2010.
O protesto dos Intermitentes do Espetáculo tem por base a aprovação de uma acordo significará um corte de 10% no subsídio de desemprego e o corte do subsídio de desemprego a cerca de 10% das pessoas que trabalham no setor. O Governo já disse que não irá voltar atrás e que as novas regras são para começar a partir de Julho. Entretanto, há vários festivais que começam a ser cancelados, e cerca de 30 estúdios já estão paralisados devido à mobilização destes trabalhadores. O regime de Segurança Social destes trabalhadores é muito recente, data de 1992, e foi conquistado depois de muitas lutas e mobilizações, e, permite que os intermitentes obtenham subsídio de desemprego nos períodos em que estão sem trabalho.
Ferroviários e Intermitentes irão continuar a mobilizar-se nos próximos dias contra o avanço da precarização e da destruição de direitos laborais.
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