Isabel Stilwell e Eduardo Sá defendem Danone e acusam jovens de ser “pobres e mal agradecidos”
A edição de hoje, dia 20 de Março, do programa “Dias do Avesso”, na Antena 1, difunde a indignação da jornalista e do psicólogo perante a polémica dos estágios na fábrica da Danone em Castelo Branco. A empresa “oferece” iogurtes aos estagiários que recruta nas universidades, o que gerou uma onda de indignação nas redes sociais. Os intérpretes desta rubrica da rádio pública acham que criticar os estágios não remunerados é uma “atitude arrogante” por parte de jovens cujo problema é que “os pais e a escola ainda não os puseram no lugar”. A conversa pode ser ouvida na íntegra aqui.
A reportagem na RTP, que irritou Isabel Stilwell por ter “para aí 10 minutos”, é uma peça de 2:19 exibida no passado domingo. Eduardo Sá acusa os jovens de falta de humildade e de pertencerem a uma geração que “imagina ter um valor facial muito mais significativa do que aquilo que de facto vale”. É uma frase que, só por si, esclarece a visão do mundo que produz a acusação contra quem acha que o pagamento em géneros não é uma cortesia de empresas multinacionais que, apesar dos milhões de lucros, recorrem à rotação de mão-de-obra qualificada através de estágios não remunerados.
O próprio Eduardo Sá, que acha que as pessoas devem “esfolar os joelhos” para ter direito a trabalhar, explica qual o esquema dos estágios curriculares: “quando eles começam a ter alguma autonomia vão-se embora”. Obviamente, esta opção não é filantropia nem um erro de gestão. A Danone, como outras empresas, procura activamente junto das universidades o recrutamento contínuo de estagiários supostamente “curriculares”. A “oportunidade de aprendizagem”, que o psicólogo considera que deveria merecer a gratidão dos estagiários, é portanto uma estratégia de recrutamento e utilização de mão-de-obra qualificada. Isabel Stilwell prefere queixar-se que esta operação desenhada pelas grandes empresas lhes “dá imenso trabalho”.
A conversa é uma vertiginosa defesa da precariedade e da submissão de quem trabalha. A acusação de falta de humildade esbarra, além do mais, no preconceito e na arrogância. Esta jornalista e este psicólogo (!) olham para toda uma geração como um corpo de gente que é levada pela sobranceria ao recusar a precariedade, o desemprego e o exílio. O quotidiano de dificuldades só pode mesmo ser um mundo de virtudes para quem as observa à distância e sob a protecção de um microfone.
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Referir que é um estágio para realizar a tese de mestrado. Pegar nisso é deitar por terra todos os argumentos razoáveis na luta contra a precariedade. Quantas teses feitas em grupos de investigação são renumeradas? Quantas tem acesso a refeições? Uma oportunidade de aprender em contexto empresarial, e ainda ser bem recebido, é algo que devia ser elogiado e não condenado. 3 meses não é um estágio precário para quem anda à procura de emprego. É uma oportunidade para um jovem estudante fazer uma parte curricular do seu curso, num contexto de empresa, em que facto ser um peso para a empresa, que terá de ter pessoas a o acompanhar e formar. Há que perceber as situações antes de falar sobre elas.
uma jornalista e um psicólogo.
Dois parasitas inúteis, portanto.
Talvez o colega passe a querer ser pago em galinhas, ovos e bolos caseiros, em vez do valor absurdo que cobra por cada consulta ….
Para lidar com isto só mesmo a Leonor Guerra, que já respondeu à letra a qualquer um destes dois provocadores:
“As mais recentes declarações de um e de outro sobre os estágios da Danone pagos em iogurtes são reveladoras de que isto é gente habituada a usar os joelhos para subir na vida e que imagina ter um valor facial muito mais significativo do que aquilo que de facto vale. Merecem estagiar à borla a vida toda e, eventualmente, indemnizar cada um que teve a incúria de não se proteger das crónicas de Stilwell e de quem, por infortúnio, passou pelo consultório de Sá.”
http://obeissancemorte.wordpress.com/2014/03/21/o-avesso-de-isabel-stilwell-e-eduardo-sa/
Miguel, repare que mesmo no caso de um estágio curricular, estamos a falar de trabalho produzido para a empresa, ou seja, esse trabalho deve ser remunerado, ainda que, obviamente, em menor valor do que um trabalhador dessa empresa. Acho que o mínimo dos mínimos seria subsídio de alimentação e transporte. Discordo portanto da sua opinião e conheço bastantes exemplos de quem está a fazer estágios curriculares em que, ao fim do 1º mês, já praticamente executa o trabalho de um qualquer outro trabalhador.
Lá porque a Isabelinha e o Eduardinho são uns parvinhos, não quer dizer que a Danone tenha agido mal ou que o estudante tenha razão. Falta aliás muita informação, pois o estudante não foi ouvido. Mas é verdade que os objetivos do estágio vão muito além do que seria de esperar de um estágio CURRICULAR: “oportunidades de redução de custos? Cheira-me a pretensão de auditoria a baixíssimo custo… enfim, a Danone aproveitou a “oportunidade”…
Agora a ISabelinha e o Eduardinho virem dizer que “não houve contraditório”, e estender a TODA UMA GERAÇÃO as suas maledicências, quando se está a falar de UM aluno que (eventualmente) poderá ter recusado o “estágio”… é absurdo e revelador da baixeza de qualidade daquela dupla, nestas “conversas de café” estúpidas. Mas que são acarinhadas pelos chefes da RDP!
Nem todas as pessoas fazem os estagios na mesma empresa. Seria justo um aluno fazer um estágio numa empresa e receber 500, e outro da mesma turma noutra empresa e receber 1000?
Vou só deixar aqui um ilustre comentario que li acerca desta noticia num daqueles forums da má lingua portuguesa:
“É obvio que eles pensam dessa maneira. Eles são da geração que actualmente é, maioritariamente, empregadora. Pensam da mesma maneira que todos os da sua idade (quarentas) quem são as idades dos cargos de direcçao.
Se houve uma geração que não foi metida na linha foi a deles, precisamente porque nunca existiu a necessidade de se estabelecer uma linha até aos dias de hoje. Foram esticando a corda até que nós temos de estabelecer a nossa propria linha e impor-nos com um conceito tão simples como “se querem que trabalhemos, paguem-nos”. Dizer-lhes isto na cara a elels, que têm idade para ser nossos pais, é uma afronta. Sentem-se humilhados e é como um filho virar-se ao pai. Mas o que eu quero é que eles se fodam, eles é que são a geração em que ter uma licenciatura era sinonimo de emprego e ainda um presunto ao fim do mês. Eles é que são a geração que se auto-initulava de “Dr. Eduardo”, “Eng. Pedro”, quando lhes perguntavam o nome. As geraçoes nascidas em 80/90 já não se têm em tao grande conta, já nenhum de nós se dá a esses snobismos. Eles é que são a geração que nunca criou nada e herdou as empresas dos papás que, esses sim, lutaram para as criar das decadas de 70 e sao as que ainda vao sobrevivendo. Eles são a geração dos “serviços”, os conatibilistas, os comerciais, os agentes de seguros, que abriam um qualquer balcão nos anos 80 e viam dinheiro porque tudo dava. Eles é que nunca se tiveram que mexer, as gerações de emigração foram da década de 60 e agora a nossa, os 40 anos pelo meio (que é a idade deles) foi a geração mais comodista do seculo XX. Eles é que nos criaram à imagem deles, a fazer-nos acreditar que tudo ia ser fácil como foi pra eles.
Eles é que endividaram o nosso país.
Eles é que estoiraram os bancos com créditos.
Eles é que compraram carros para nós mal tirámos a carta.
Eles é que deram tudo os filhos para mostrar ao vizinho o quão bons papás eram.
Eles é que faliram empresas.
Eles é que meteram a economia neste estado e arranjaram soluções fáceis, como sempre fizeram com tudo na vida, como convidar um trabalhador a custo zero rotunlando-o com a palavra moderna de “estágio”.
Portanto, não me venham dizer que a minha geração está mal habituada quando somos apenas o produto resultante da vossa. Se os meus pais não me meteram na linha ao incutir-me valores como “um estágio de graça é bom para ti” foi porque na inocente cabeça dos meus pais nunca lhes passou pelo pensamento que um dia, depois de estudar, eu ia ter que me sujeitar a isso!
Ps: estou mesmo enervado c***lho. isto porque eu já paguei (literalmente) para trabalhar. o meu primeiro emprego tinha que pagar casa, alimentaçao, despesas, etc para receber um ordenado que nao cobria metade dos meus gastos, e nao refilei mas entretanto abri os olhos e simplesmente não pode ser. não sou um mau profissional, tenho formação, portanto não tenho/temos de nos sujeitar a essas merdas para lhes encher os bolsos. com a quantidade de pessoas a sair do país, onde me incluo, sobe a permissa “volto quando me pagarem a preço que compense” eles vão ter de começar a lidar com o facto de que daqui a 10 anos a mão de obra que vao ter vai ser merdosa e/ou inexperiente e em vez de pagarem o dobro a um funcionario vao ter de pagar algumas 5x mais.”
Dois perfeitos anormais
De acordo Miguel, mas a empresa também pode beneficiar com os resultados das teses, ou seja geralmente beneficia e muito se for a empresa a dar o enquadramento para um problema real. Se o aluno fizer um belíssimo trabalho de quem é a propriedade intelectual? E o que dá em troca? refeição e yogurtes? Por isso existem empresas que não têm estágios não remunerados, por uma questão de ética. Esta atitude da empresa não é desinteressada, os estagios devem acrescentar valor para os dois lados e ser pagos.
“… utilização de mão-de-obra qualificada”. Mão-de-obra qualificada, um aluno que ainda nem sequer terminou o curso?
Se o senhor tivesse o minimo de consciência, nao se atreveria a dizer uma coisa dessas.
So oportunidades, nao é? O proprio desemprego é uma oportunidade, ja dizia o nosso primeiro-ministro. O que vale é que somos ricos em oportunidades. Empresas que nao precisam de contratar, visto que vao rodando os recém-licenciados todos. Licenciados sem emprego. Espere, um bem-haja aos estagios nao-remunerados antes de irem trabalhar para uma coisa que nada tem a ver com o seu curso.
Ja passamos por muitas dificuldades. Mas, o senhor desculpe-me, tirar um curso à espera de vir a encontrar um trabalho remunerado em pouco tempo nao é estar mal habituado. Ha que ver a o contexto, claro. Mas nao sejamos apologistas dessas oportunidades, que so servem para mascarar a aniquilaçao da classe media, a destruiçao do nosso Sistema Nacional de Saude, o fim da Educaçao tendencialmente gratuita (nao vai dizer-me que estamos mal habituados porque pagamos mil euros de propinas anuais para estudar, pois nao, Senhor Miguel?) e um Estado Social moribundo. Isto é ter consciencia. Ver que essas oportunidades sao muito mais: sao um engano. E estao em todo o lado, tudo esta interligado.
Peço desculpa se fui um pouco agressiva, mas exalto-me com certas opinioes que me tocam a mim pessoalmente. Porque, sabe Senhor Miguel, eu faço parte dos pequeninos… e estou farta de ser pisada pelas oportunidades.
isto é uma conversa de gente virada com o cu pa lua e acham que os outros so exitem para lhes servirem e lhes tapar o sol fazemdo sombra ,,,se a empresa ofereceu a porcaria dos yogurtes por oferta e não como pagamento !! sim pode existir aqui um mal entendido… mas esta entrevista espelha o que de mais mediocre existe entre as pessoas ,,,esta gente que sempre teve tudo que os país e e pais os ajudaram ,,,que sempre tiveram tudo !! acham que os outros teeem de lutar pelas coisas ,,, todos temos de lutar isso é sabido ,,, mas esta geração estão a arranjar formas de cortar essa luta ,,e a fazer desacredita-los ,,, esta geração é tão boa como foi a minha e como será as gerações vindoras ,,,e se não são melhores é porque as gerações anteriores como a minha e antecesoras a minha não souberam acarinhar a juventude ,,, criando politicas de inclusão ,,de ajuda a quem estuda ,,e pelo que vejo continuamos muito mal ,,, uma empresa como a danone que se serve destes estagiarios ,,devia de ter mais apreço por quem lhes serve podia na mesma dar os ypogurtes ! mas entregava um incentivo monetario ,,,para que estes jovens que mesmo precisando do estagio sentissem que o seu desempenho tinha valido a pena ,,,… mas eu não estranho nada disto o mundo esta do lado desta gente ,,são arrogantes sem nenhuma humildade e dizem que os outros ! aqules que nada teem e que tudo lhes é tirado ” lhes chamam de arrogantes e de falta de umildade ,,,,algum dia vamos na rua e temos de lhes bater a pala quando passam na rua ,,,como no tempo de salazar ,,,estes senhores concerteza são seus grandes admiradores .
o fascismo ta a porta ,,,e não se iludam que está ai com toda a força ,,,,esta entrevista é so uma parte do muito mau que ai vem ,,,a quem nestas pessoas dentro da mesma linha ideologica chame aos idosos de peste grisalha ,,,eles que nunca fizeram nada são os empreendedores e os cultos os sabios ,,,,mas a verdade é que para existir este tipo de empreendedorismo a sociedade tem de ser feita de (escravos) sem direitos e sem recurssos !! desde os mais basicos ,,,esta gente so consegue ser empreendedora assim !! mas ser empreendedor numa sociedade de direitos verdadeiramente iguais ,,,onde o dinheiro seria simples uma forma de nada ,, e que todos tivessem direito a educação quer fosse rico ou pobre ,, a saude ,,e a justiça ,,!! para esta gente só quem tem direitos são eles mesmos e os da sua condição economica ,,,,,conheço jovens que os pais nãoi teem para lhes mandar para a universidade e eles mesmo que queiram trabalhar !! não a trabalho para pagarem os estudos ,,,,,,o pais ta mais triste com este tipo de pessoas ,,, nem capitalistas sabem sêr e muitos destes nem capitalistas são ,,,mas defende-nos como se fossem eles mesmos …o sistema esta mesmo subvertido ,,,algum dia os trabalhadores estão a fazer greves para ajudar os patrões ,,para obrigar govenos a abaixar taxas as empresas ,,,no futuro as greves serão feitas para benefiçio das empresas e não como forma de luta dpo trabalhador ,,,e eu já vi um vislumbre disso com a greve dos camionistas para se baixar o combustivel ..
Em 1964 fiz o exame da 4ª classe e admissão.Não tive possibilidades de continuar os estudos. Filho único, o meu pai que era carpinteiro, achou por bem arranjar-me um emprego num armazém de mercearia, por entender que era um trabalho menos duro.Trabalhei um ano nessa empresa sem ganhar um tostão. É a esse miserável tempo que a gentalha ultraconservadora e neoliberal quer voltar.Não o vão conseguir!
Alguém aqui ainda vos vai mandar foder a estes dois, mas não vou ser eu.
Enganei-me
Vão-se foder.
Esta gente pseudo intelectual assusta-me e de que maneira! Porque não vos pagam também em iogurtes? Se calhar é mais do que merecem
Ri-me imenso. Oh Eduardo atão os jovens não suam para aprender? Mas tu não tiraste psicologia? Já sei porque deves ter suado imenso: um curso desses até na praia.
Se andasse no IST, não dizia essa barbaridade. Um peso para a empresa? Diga isso a quem faz teses para, por exemplo, melhorar as linhas de montagem da Danone. Remuneração? Para quê? 8)
Há casos e casos. No meu tempo de estudante podia ter optado por um estágio remunerado mensalmente, um com prémio por objectivos, ou um não remunerado onde apenas ofereciam o almoço. Contra todas as indicações escolhi o terceiro. Passados quase dez anos continuo nessa empresa onde me pagam bastante bem e ainda me dão produtos todos os meses como parte do vencimento.
Uma pessoa sem experiência em 3 meses não vai fazer muito. Deve aproveitar a oportunidade para mostrar o seu valor.
Quando são estágios de meio ano gratuitos, ou estágios profissionais a pessoa já com experiência(s), esses sim, são fazer pouco de quem trabalha.
Isto é um bocado estúpido…
Vejo aqui muita extrapolação e desvios à questão fundamental do assunto em si.
Primeiro, os estágios curriculares são obrigatórios em determinados cursos (são equivalente a uma cadeira do curso) e são parte importante e fundamental na formação do aluno.
Segundo, as empresas não são, de todo, obrigadas a aceitar estágios curriculares. Há empresas que não o fazem por o considerarem um custo demasiado elevado face ao retorno que possam eventualmente ter em prestação laboral (um estágio bem feito exige muitas horas de formação e acompanhamento). Se todas as empresas optassem por não fazer estágios, a formação dos nossos alunos seria deficitária e mais pobre. Face a esta posição generalizada, teriam as escolas que pagar incentivos às empresas para aceitarem estágios (obrigatórios por lei), o que iria fazer subir o custo geral do ensino, através de um aumento das propinas ou pago pelos contribuintes em geral.
Terceiro, as empresas recebem os alunos em estágios sem saberem quais são as suas competências e produtividade, ou seja, um tiro no escuro. Há os que se empenham e os que não se querem ou conseguem empenhar, como em qualquer outra cadeira do curso. Ora, se os professores não devem dar boas notas a quem não as merece, porque devem as empresas recompensar monetariamente todos os estagiários? Até porque há alunos que são dispensados (expulsos) dos estágios por não estarem à altura dos mínimos (é correcto dar-se-lhes dinheiro ainda por cima?) e há alunos que são chamados no final do curso para ingressarem os quadros da empresa onde estagiaram.
Quarto e último, a Danone deu produtos porque quis, não porque é obrigada. E é acusada por isso? Se nada tivesse oferecido, não seria alvo de qualquer acusação… Isto não é estúpido?
Apenas uma correcção. A geração a que se refere não é a dois 40 anos, mas sim a dos 50 anos. :-))
Espero que de ora em diante a Antena 1 pague estes dois imbecis com musiquínhas disponíveis na internet, de pífaro de preferência… Todo o trabalho deve ser remunerado, e se for trabalho de principiante, pode ser salário baixo, mas salário sim. E oferecer iogurtes como no caso evocados, é injurioso!
Já lá vão anos que estes dois nos enchem a cachola com conversas de treta!!!
Se se tratava de um estágio não remunerado não é lícito dizer-se que a empresa “pagou” em iogurtes uma vez que nada tinha a pagar. Se presenteou os estagiários com alguns iogurtes fez mais do que a sua obrigação. A minha filha o ano passado estagiou numa Câmara Municipal e nem por isso lhe ofereceram vassouras para ir varrer as ruas. Estes jovens querem telemóveis, iPads, iPods, mp5 e 6 e 7, querem carro, mota, computador, tablet, por acaso já fizeram alguma coisa para merecer tudo o que exigem dos pais…??? Comigo não…
Tantas asneiras, invejas, ódios, fracassos, e oportunistas. Há 70 anos pagava-se para se aprender um oficio. Saía-se do emprego às 19,30 e ia-se a correr para a escola nocturna para assistir a uma aula que havia começado às 19,05. No intervalo ia-se à cantina comer meio pão e uma sopa por 50 centavos para enganar o estomago até às 0,30, hora a que se chegava a casa e se jantava e ainda se faziam os trabalhos escolares para o dia seguinte. Só assim se conseguia um Curso comercial ou industrial que que demoraria 5 ou 6 anos a conseguir-se e que nos dariam acesso a um emprego com futuro…quando se conseguia esse mesmo emprego. A juventude de hoje não sabe o que são sacrifícios, salvo aqueles que teem os pais desempregados, claro. Desemprego sempre houve, temos de procurar qualquer actividade na nossa cidade ou noutra qualquer. E porque não emigrar? Não somos um país de emigrantes com algum sucesso? Deixemo-nos de lamúrias e toca a pôr os pés ao caminho…conforme eu mesmo o fiz há dezenas de anos.
ahhaha gostei dessa dos preços das consultas do eduardinho….
A gaja, a stilwell nem sequer sabe dizer ipad. Diz como se fosse uma palavra portuguesa. É mesmo saloia saída do estado novo.
Quanto mais conheço os homens, neste caso entra também uma mulher, mais gosto dos cães.
Obrigado pela informação. Nunca pensei isso da Danone mas agora não vou consumir mais. Não só usam mão de obra escrava como ainda gozam por cima…com iogurtes.
Mas não ficou por cá a trabalhar por iogurtes, pois não? Seja a geração de hoje, seja essa geração do estado novo a que você pertence, ninguém, que eu saiba, gosta de trabalhar sem receber…
São estágio curriculares ! Porque raio é que deviam ser pagos! O meu avô era carpinteiro foi trabalhar com um Mestre para aprender a profissão acham que alguém lhe pagou para aprender ? Se a Danone mete estagiários uns atrás dos outros é de louvar, está a dar-lhes oportunidade de aprender a trabalhar! Quanto a mim a Danone até fez mais do que a sua obrigação fez aquilo que é humanamente decente que é dar uma refeição de borla no refeitório e uns iogurtes para ir entretendo o estômago.
Coincidência das coincidências recebi hoje um telefonema a marcar uma reunião para sexta feira, sabem para quê, para ir orientar um estagiário durante 3 meses algo que tenho feito 2 a 3 vezes por ano nos últimos 3 anos. Sim, porque a minha entidade patronal é dessas que aceita estagiários curriculares uns atrás dos outros para os ensinar a trabalhar, e como poucos têm paciência para aturar estagiários cabe-me a mim a tarefa. Fazes ideia do tempo que se perde a orientar o trabalho de um estagiário? No primeiro mês querem que andemos com eles ao colo, vêm cheios de teorias mirabolantes que aprenderam nas aulas teóricas e fartam-se de reclamar de estar a trabalhar de borla, o segundo mês é decisivo ou continuam a reclamar até ao fim ou começam a perceber que a REALIDADE é bem diferente dos contos de fadas que lhe contavam em criança, ao terceiro mês ou continuam a reclamar e não aprenderam nada ou finalmente estão aptos a desenvolver uma actividade de forma independente e a ADAPTAREM as suas expectativas à REALIDADE laboral portuguesa. Agora sabem o que é mais triste …. ao contrario da multimilionária Danone a minha entidade patronal NÃO oferece refeições grátis no refeitório e muito menos iogurtes. Eu pessoalmente acho que o mínimo da dignidade humana é ter qualquer coisa para comer, mas os nossos estagiários nem isso recebem … mas ao menos aprendem a trabalhar !
Que cambada de asilados estes dois me saíram…deviam estar a iogurtes durante um mês…este Isabel devia era ir prá horta…tal como o totó do suposto psicólogo da treta.
O Nuno Pereira está coberto de razão. A realidade é muito diferente do que dizem aos jovens, em casa e na escola. Quanto mais não seja, um estágio é uma grande oportunidade para haver uma adaptação ao ambiente de trabalho (completamente diferente e mais exigente do que a escola e os professores) sem comprometer uma verdadeira oportunidade de trabalho. Sim, porque muitos dos estagiários seriam corridos ao fim de uma semana de trabalho se tivessem essa mesma aptidão, competência e atitude num qualquer primeiro emprego. Portanto, um estágio é uma transição entre a fase de estudante (que é a melhor fase e a mais fácil da vida da maioria das pessoas) e a fase de emprego em que a maioria dos patrões não está para reeducar a filosofia egocentrista de muitos candidatos. Falo com muito conhecimento de causa.
A Isabel Stilwell sempre foi uma “tia” completamente desligada do mundo real. Ela não faz a mínima ideia que as empresas que aceitam estagiários, o fazem, não para transmitir conhecimentos de trabalho aos estagiários, mas para aproveitar mão-de-obra gratuíta. E o Eduardo Sá é um “betinho” que anda sempre atrás da “dona” para todo o lado. Notícias Magazine => Antena 1 ….,
Ora bem…
Deixe-me ver se entendo aqui as divergências…
Uns acham que ensinar a realizar uma tarefa de acordo com as normas dessa empresa, transmitir conhecimento e possibilitar a pratica, preparar a pessoa para uma tarefa lucrativa e útil, NÃO DEVE ser remunerado.
Outros acham que o simples facto de ir ao local de trabalho/estágio desenvolver uma tarefa que é incumbida, DEVE ser remunerado.
Quando há uma divergência de opinião devemos perceber os dois lados, e tentar chegar a um consenso se possível.
1.
Há estágios que não são estágios. Penso que estamos todos de acordo.
Um estágio tem como objectivo avaliar as capacidades de um individuo por forma a entender se está apto a desempenhar ou não uma dada tarefa ou tarefas. Esse estágio pode também ter uma componente de formação/ensino, e “mentorado”. O objectivo final do período de estágio é conseguir um trabalho. Perceberam bem trabalho, não disse emprego, porque isso é outra coisa…
2.
Há empresas que recorrem aos estágios (não conheço, só ouço falar…) onde o objectivo é ter pessoas a custo zero ou muito próximo disso para realizarem tarefas, como por exemplo arquivo de documentos, sem que exista a componente de formação / aprendizagem nem tão pouco o objectivo de vir a contratar.
Parece-me a mim que isto não é estágio é sim como já foi dito aproveitamento oportunismo. Compete aqui aos estagiários denunciarem estas situações ás entidades competentes, IEFP, ACT, etc. As próprias empresa no mesmo sector de actividade que tenham conhecimento destas praticas também o devem denunciar, pois trata-se de concorrência desleal.
3.
As empresas não são instituições de caridade, têm como objectivo o lucro. Temos de ter isso em mete, ou então não vale a pena, para ninguém. O trabalho produtivo (aquele que dá lucro ou que contribui para o lucro da organização) tem obviamente de ser remunerado.
Mas é aqui que a conversa parte.
Para aprender temos de pagar, é um facto incontornável.
Paga-se propinas ou mensalidades, paga-se as viagens, paga-se as refeições, paga-se os livros cadernos, e todo o material necessário… não será necessário continuar, paga-se para aprender de uma forma geral. Haverá alguém aqui em desacordo com isto?
4.
Num ESTÁGIO, há uma ou mais pessoas que vão deixar de produzir ou diminuir a sua produção para ensinar. Essa pessoa (mentor do estágio) é pago pela empresa para transmitir conhecimento ao estagiário. Esta pessoa não está ali para trabalhar pelos dois, nada disso, é para acompanhar, esclarecer, dar indicações, orientar.
A empresa também põe à disposição do estagiário, manuais, ferramentas, computadores, os materiais necessários ao desenvolvimento dessa aprendizagem sem custo para o estagiário.
A empresa vai disponibilizar recursos, que lhe custam dinheiro, em principio vai fazer um investimento… Que muitas vezes (mesmo muitas vezes) não obtém qualquer retorno financeiro, antes pelo contrário.
Portanto o estagiário vai aprender, sem ter de pagar…
5.
ATITUDE
Depois de tudo o que aqui escrevi, resta-me falar da atitude.
Há neste momento um espírito de revolta e contestação generalizado. Depende de cada um de nós perceber como deve funcionar.
Uma coisa é certa o mundo mudou, seja na perspectiva de uns para mal ou na perspectiva de outros para bem… Mudou, e temos de nos adaptar a ele.
Como todos sabemos a discussão de ideias não dá o direito em circunstancia alguma a quem quer que seja efectuar comentários depreciativos ou menos elegantes sobre as pessoas.
Qualquer um de nós, a começar pelos Estagiários, tem de ter prazer e gosto por aquilo que estão a fazer. Se são lavadores de carros, tem de pensar e querer ser o melhor lavador de carros do mundo, se são sapateiro, tem de PENSAR como o melhor sapateiro do mundo e QUERER SER o melhor sapateiro do mundo.
Esta ATITUDE de pensar como o melhor e querer ser como o melhor, é que vai fazer a diferença… deixar de ser estagiário para passar a ser um colaborador (remunerado)!
Ter sempre em mente que acima de tudo devemos contribuir para o sucesso da organização onde estamos inseridos. Sem isso não há trabalho, nem há Estágios…
Façam favor de ser felizes
A questão é que precisamente pela situação em que o pais se encontra, TAMBÉM os estágios curriculares deveriam ser pagos porque se formos a basear-nos em “ah mas estágios curriculares não são pagos – tal como dantes” eu direi “Ah então os estagiários após os estagios TAMBEM deveriam ficar nas empresas – tal como dantes” . Ora pois se o estagiário NÃO fica na empresa, era urgente que o estagio fosse pago, porque pelo menos ali.
Descontem ao chefão..ai!! não se pode dar estas sugestões que levam logo um rótulo politico (absurdo dizer isto? Nao sei se será mais absurdo que viver com 200 e tal euros por pessoa/mês!!!…)
Sim, um curso deve ser uma porta para a oportunidade. Acham que os jovens querem demais? Eu acho que não. Além disso, eles terão oportunidade de aprender a seu tempo a gerir o seu ordenado, MAS COM UM EMPREGO! NÃO com pobreza! Parece que quem pensa isto acha que os jovens devem ser punidos com pobreza e ficarem agradecidos de poderem trabalhar de graça?
Estes dois indivíduos, a sorrirem felizes do alto das suas vidas de sonho, a respirarem o nosso ar, na sua arrogância elitista de quem nunca lhes faltou nada, deveriam experimentar uma prova de fogo: viver como quem eu conheço, por exemplo um caso de 3 pessoas numa casa a viverem com cerca de 500 ou 600 e tal euros a repartir por todos(o que dá 200 e tal cada um) durante um mês ou dois. Coitados nem sei o que faziam. Ui, Ui…Se calhar não conseguiam sobreviver ao trauma. Mas mereciam passar por isso!!!!
Os estágios deveriam ser TODOS pagos tendo em conta que muitos estagiários estão em famílias também elas afectadas pela crise. Amigos, deixem de revoltar uns com os outros e vamos direccionar a nossa revolta a QUEM realmente nos está a destruir.
Olá Eduardo……..Olá Isabel…………Blá…….Blá……..Blá……….Blá……….,é sempre com esta conversa da treta o programa destes dois,já não tenho paciência,simplesmente deixei de ouvir.
Agora vou assunto que me leva a escrever aqui.
Tenho uma pessoa na família,que se formou em direito,sempre a trabalhar,nos supermercados do merceeiro(contribuindo para sua enorme fortuna)acabou o curso,sem chumbar com boas notas,depois do curso acabado,pensou bem agora que já tenho o curso,vou deixar o merceeiro,e vou para algum escritório de advogacia…..puro engano,veio a realidade ao de cima,estágio á borlex,como não aceitou,a saída foi um desses milhares cal-centers,que existem como cogumelos por ai……..resultado,menos uma advogada na praça,menos concorrencia,…….
Post ridículo com linguagem rasca deste Santinho ( o tripeiro que em cada comentário que faz coloca blá blá blá).
Maria deve rever a conjugação dos verbos que mostra a sua baixa escolaridade. Relativamente ao conteúdo concordo que os estágios sejam pagos.