IV. Flexilabor – mais de 1/3 são telecomunicações

Em 2008, a Empresa de Trabalho Temporário (ETT) Flexilabor teve um volume de vendas de 22,95 milhões de euros, um número que tem vindo a crescer como demonstra o gráfico abaixo, assim como a origem destas vendas e respectivos lucros – o número de trabalhadores precários que alimenta a Flexilabor – tal como se pode observar no gráfico ao lado, que representa a evolução anual de trabalhadores temporários, referindo 6000 trabalhadores para o ano de 2008.
As empresas de trabalho temporário já estão mesmo disseminadas por todo o lado, pois cada vez mais patrões vão descobrindo os efeitos da chantagem das ETT’s na intensificação da precariedade. Mas ainda assim, existem sectores de actividade onde este assalto já está mais enraizado e o gráfico ao lado, desenhado e publicado  no seu site (aqui) pela própria Flexilabor, é bastante elucidativo a esse respeito. Os Call Centers e todo o restante sector das telecomunicações são um verdadeiro mar de precariedade, onde reinam as ett’s e os seus contratos quinzenais que se renovam infinitamente até rebentar com a totalidade dos neurónios de qualquer trabalhador… Trabalhar num Call Center é meio caminho andado para a depressão. Os salários baixos, um ambiente de trabalho horrível, os horários trituradores e a total imprevisibilidade do futuro são o ponto de partida para lado nenhum de quem pega pela primeira vez num headset e se senta naquele labirinto de secretárias. E claro, a vida do Call Center começa sempre pela suposta fase de formação, não remunerada e que tantas vezes corresponde a trabalho efectivo.

Mais informação:

279 ETT’s legais = dezenas de milhar de precários
I. Randstad – a maior ETT do país
II. Tempo Team –  um apêndice da Randstad
III. Adecco – Mais de 5 mil precários

Testemunhos:
Trabalhador da Tempo Team (telecomunicações 1)
Telecomunicações 2
Mais um nas telecomunicações 3

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