Já não podem sair à rua: Relvas interrompido com a "Grândola"
Foi ontem à noite: Miguel Relvas, Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares preparava-se para discursar no Clube dos Pensadores em Gaia quando duas dezenas de pessoas o interromperam com a música senha do 25 de Abril, o “Grândola Vila Morena”. Os manifestantes continuaram depois o protesto com vaias e palavras de ordem exigindo a demissão do Governo e segurando cartazes de apelo à manifestação de 2 de março “que se lixe a troika! o povo é quem mais ordena!”.
Relvas não soçobrou de início e até tentou cantarolar o Grândola, mas os protestos tornaram-se demasiado fortes; aliás, mesmo depois do grupo que cantou o “Grândola” ter saído da sala, várias pessoas criticaram o Governo e uma senhora perguntou “o que temos de fazer mais para o Governo sair”. O Ministro, num claro ato de soberba, respondeu “só em 2015”. Apesar de dizer que um político tem de ter “coragem”, Relvas decidiu sair pelas traseiras do hotel.
Há uma semana, durante o debate quinzenal no Parlamento, o Primeiro-ministro foi interrompido com a mesma canção. A senha para a manifestação de 2 de março está dada.
A troika aterra em Portugal na próxima segunda-feira, dia 25 de fevereiro, e durante as próximas semanas muito se falará sobre o sucesso da austeridade. Mas as pessoas já sabem a triste verdade: o desemprego real está nos 22,2% e os salários caíram 16,1% em 2012. O Governo, a troika e o regime da austeridade falharam.
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É preciso ter um grande estômago para estar neste Governo. Quase todos os ministros são uns provincianos capazes de agarrar tudo para se manterem no poder. Penso mesmo que se a troika lhes disser para matarem os seus próprios pais eles o farão. Sem hesitação a bem da Banca e dos mercados ! São indivíduos sem alma, coração ou paixão. São apenas alunos no seu mini laboratório com microscópios chineses, comprados ali para os lados da Praça de Espanha. O que nos precisaríamos mesmo é de professores e mestres, Homens com visão,e estratégia capazes de ler e antecipar o mundo actual e futuro. Estes homens do governo olharão para as suas mãos, que hoje teclam folhas de cálculo e data mining, e verão a miséria que criaram em tão pouco tempo. E bem poderão dizer que outros nos conduziram a isto e terão alguma razão, mas para sempre serão estes que nos apertaram a corda e tiveram estômago para isso.