Já repararam que o PSI20 abriu em alta? :: Quem ganha com a crise?
Ontem começaram a ouvir-se os sinais. Primeiro Teixeira dos Santos admite que Portugal poderá recorrer a apoio externo, depois Sócrates reitera essa informação e dá conta de que o pedido já foi realizado, mais tarde Passos Coelho veio afirmar que o PSD apoia o Governo demissionário nesta decisão.
Com o FMI ou FEEF virão cortes nos salários, desregulação do mercado do trabalho, cortes enormes nas prestações sociais, privatizações de empresas públicas estratégicas, piores condições de vida, recessão, desemprego, etc.
E em nome de quê? O PSI20 dá-nos a resposta a essa pergunta: os mesmos bancos que há dias pediam a intervenção do FMI, depois do anúncio de Sócrates, estão a ganhar (agora às 9h30 de dia 07 de Abril 2011) quase 4% na bolsa.
E em nome de quê? O PSI20 dá-nos a resposta a essa pergunta: os mesmos bancos que há dias pediam a intervenção do FMI, depois do anúncio de Sócrates, estão a ganhar (agora às 9h30 de dia 07 de Abril 2011) quase 4% na bolsa.
Acreditem: nem todos perdem com a crise. Os bancos ganham sempre que nós os deixamos ganhar.
Ricardo Santana
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Ricardo Santana
Nem FMI nem FEEF!
Por um governo democrático e de esquerda!
O país não tem um problema de dívida, mas sim um problema de desemprego, de fome e de miséria, e existe um caminho alternativo às aplicações de medidas de austeridade impostas pela Alemanha (as actuais medidas reaccionárias são iguais às do FMI), o povo português não tem que pagar uma dívida que não contraiu, pelo que a única ajuda que Portugal pode esperar da União Europeia é que essa dívida seja anulada e que por cá seja feita uma auditoria às contas públicas e respectiva dívida.
O actual governo, como mero governo de gestão, para além de dever ser definitivamente enterrado, não tem sequer poderes para adoptar medidas como as que foram anunciadas por Sócrates, pelo que existe um motivo redobrado para que os trabalhadores prossigam a sua luta contra essa política e imponham a constituição de um governo democrático e de esquerda, composto por todas as forças políticas e personalidades de esquerda empenhadas em impedir que Portugal e o povo português fiquem reféns da dívida pública, governo esse que defina um programa de desenvolvimento económico em benefício de quem trabalha e assente na defesa da independência nacional.