Já só 10% da população concorda com o memorando da troika

De acordo com uma sondagem da Eurosondagem para o Instituto Europeu da Faculdade de Direito de Lisboa, apenas 10,8% dos inquiridos concorda que se deve cumprir o memorando da troika. Mais de 82% dos inquiridos acha que Portugal devia denunciar ou renegociar profundamente o acordo assinado a 3 de Maio de 2011.

fmiforadaquiPassaram dois anos desde a assinatura do memorando da troika e as políticas previstas nesse memorando e levadas a cabo pelo subserviente governo que lidera o país por estes dias destruíram a economia do país, levaram à emigração de centenas de milhares de pessoas e à maior taxa de desemprego de sempre registada. É isto o memorando da troika. Ainda assim há um pouco mais de 10% da população que concorda com o cumprimento deste documento, segundo a sondagem divulgada ontem.  

Quase 50% considera que o acordo jamais deveria ter sido assinado, que o governo de gestão de José Sócrates jamais deveria ter chamado a troika. 41,5% dos inquiridos defende que se deve denunciar este memorando, rasgando a austeridade, enquanto 41% defende a renegociação do memorando.

45,4% dizem que o relacionamento entre a troika e o governo é caracterizada pela subserviência e excessiva do executivo perante as exigências dos credores.

Virámos há muito a página. Há muito que deveriam ter existido sondagens sobre o “resgate”, o memorando da troika e a austeridade. Não existem ou não são divulgadas porque a austeridade é oposta à democracia, porque o memorando não aplica leis apesar das populações, aplica leis directamente contra as populações. E há muito que em Portugal se declarou em voz alta que a austeridade e a troika não são bem-vindas. Hoje já só 10 a 11% da população ainda aceita o fatalismo e a inevitabilidade do memorando. O país quer outro futuro.

Ler mais

Facebooktwitterredditlinkedintumblrmailby feather