JN: Ministro recusa alterar proposta do Código do Trabalho
“Lisboa, 05 Jun (Lusa) – O ministro do Trabalho afirma “não fechar os olhos à realidade”, mas garante que a proposta do governo para o novo Código do Trabalho não será alterada independentemente do número de pessoas que hoje se manifestarem na rua.
O ministro falava aos jornalistas à margem de uma conferência internacional sobre ‘Condições de Trabalho e Qualidade de Emprego’, que decorre hoje e sexta-feira na Universidade Autónoma de Lisboa.
..
Vieira da Silva assegurou que o governo está empenhado em alcançar um acordo e acredita que a proposta do executivo defende os interesses dos trabalhadores portugueses e, num recado aos sindicatos, acrescentou “só faz acordos quem quer”.”A CGTP tem a sua estratégia, os interesses que defende, as posições que são as suas. O governo tem a responsabilidade de governar em nome do país, em nome dos cidadãos e com o objectivo de servir o interesse geral”, concluiu o ministro.
A manifestação da CGTP acontece esta tarde na Avenida da Liberdade em Lisboa e vai integrar funcionários e trabalhadores do sector privado que pretendem “dar uma resposta unida e conjunta a uma ofensiva que visa pôr em causa os direitos dos trabalhadores dos dois sectores”, disse em declarações anteriores à agência Lusa Arménio Carlos, da Comissão Executiva da Intersindical.
Tendo em conta todo o trabalho preparatório de mobilização para a manifestação da CGTP e o número de autocarros fretados, o sindicalista referiu a afluência a Lisboa de “muitos milhares de trabalhadores de todo o País.A manifestação da Intersindical decorrerá sob um duplo lema: “Não a esta revisão das leis laborais do sector privado e da Administração Pública, e Vida e Trabalho digno para todos”.
A central sindical considera que a proposta de revisão do Código Laboral vai agravar as condições de trabalho dos portugueses. A CGTP exige a alteração das políticas sociais e económicas para, afirma, melhorar os salários e pensões e combater a pobreza.”
Depois desta notícia, resta dizer que o ministro tem razão, e por isso tem toda a serenidade ao dizer que “só faz acordos quem quer”. E pelos vistos, Vieira da Silva e João Proença já acordaram tudo o que não precisamos de saber, mas imaginamos.