João Pacheco, jornalista e activista dos Precários Inflexíveis responde na AR sobre precariedade no Jornalismo

Esta quarta-feira, na Comissão esteve a ser ouvido o jornalista João Pacheco, 29 anos, pai, precário, membro do movimento Precários Inflexíveis e vencedor do prémio Gazeta Revelação de 2006.

Para João Pacheco, Portugal é numa democracia onde “há liberdade de expressão e liberdade de imprensa”, no entanto, o jornalista considera que estas “estão muito limitadas por uma grande perda de liberdade cívica, que é a realidade de qualquer pessoa que trabalhe de forma precária, jornalista ou não“. O jornalista referiu ser “natural que quem não sabe se estará a trabalhar amanhã tente fazer trabalhos o menos incómodos possível”.

Quem trabalhe na secção de desporto ou política é óbvio que trabalha de mãos atadas. A geração de que faço parte, dos 20/30 anos, chegou de joelhos ao jornalismo e continua de joelhos e de mãos atadas. Claro que tentamos fazer o trabalho o melhor possível, mas se queremos continuar a ser jornalistas temos que manter a mesma posição“, disse.


A ter que apontar um “primeiro responsável pela situação de precariedade, e por isso de limitação da liberdade de imprensa, em Portugal”, João Pacheco não hesita em referir “o Estado Português”.

Os jornalistas são precários porque o Estado permite que sejam. Porque as leis não são cumpridas“, defendeu.

João Pacheco contou que em cinco anos de profissão, sempre em situação precária, e apesar de dar a cara, nunca foi contactado pela Autoridade das Condições de Trabalho (ACT), nem nunca houve uma inspeção nas redações por onde já passou.

Vâ aqui a notícia completa:

Precariedade laboral nos media deve-se ao Estado, diz jornalista em Comissão

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