Jovens precários com menos proteção social no desemprego

O ISCTE e a Deloitte lançaram um artigo onde verificaram que a proteção no desemprego não cobre eficientemente os jovens precários. “De futuro, se bem que não se vislumbrem vazios muito significativos na proteção social (em última análise por força da existência de uma rede de mínimos sociais), é bem provável que se assista a uma trajetória de residualização da proteção no desemprego” – dizem os autores Pedro Adão e Silva e Mariana Trigo Pereira.

Os jovens precários têm dificuldades em aceder ao subs. desemprego (foto:  e-clique)
Este estudo que faz a caracterização da proteção do desemprego em Portugal nas últimas décadas dá conta de que a precariedade, no sentido das “relações laborais fracas e instáveis” (…) são os mecânismos  “que provocam uma erosão significativa do capital humano e são um fator de quebra de produtividade”. Ou seja, a precariedade afeta não só os trabalhadores e as trabalhadoras mas também a capacidade das empresas serem produtivas.

É de relembrar que hoje apenas 4 em cada 10 pessoas desempregadas recebe o subsídio de desemprego e que esse facto é muitas vezes causado pela precariedade a que estão sujeitos. As recentes alterações às regras do subsídio de desemprego impostas pelo Ministro Pedro Mota Soares irão ainda reduzir mais o universo de pessoas que pode aceder a esta prestação social contributiva.
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