Julgar a Justiça

Faz hoje oito anos que o tribunal de Coimbra decretou a falência da empresa de cerâmicas Estaco. Os trabalhadores continuam sem indemnizações e a maioria está no desemprego.

Em causa está um total de 6,5 milhões de euros que, devido à burocracia judicial que envolve a venda dos seis hectares de terreno da antiga fábrica, ainda não chegaram aos antigos funcionários.

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Cerâmica do Centro acusa os sucessivos Governos de abandono: “São 40 famílias que ficaram sem nada”, indica o coordenador daquele sindicato. “Não têm subsídio de desemprego e não se puderam reformar. Fizemos várias propostas e nunca foram aceites. Temos forte esperança de que, até ao primeiro semestre do próximo ano, esteja tudo resolvido”, afirma ainda Jorge Vicente.

A Estaco era uma das mais emblemáticas de Coimbra.

Notícia aqui.

Deveremos começar a desenvolver formas de julgar a Justiça. Isto porque os seus agentes, aos vários níveis, têm sido orgãos distantes das pessoas, com dificuldade em sair de dentro do pó dos livros que pesam quilos mas pouco ordenam, e ainda, nalguns (muitos) casos, têm servido para atacar as pessoas e lhes retirar a confiança naquilo que é a reposição da vida, legal, mas acima de tudo, justa de quem quer viver do seu trabalho.

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